Um caso intrigante de violência doméstica que ganhou destaque está agora em um impasse. O homem acusado de agredir sua companheira, após a decisão de um juiz que considerou a prisão influenciada por um “feminismo punitivista”, não pôde ser localizado para responder às acusações. O inquérito, que está sob a jurisdição do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Águas Lindas de Goiás, encontra-se suspenso para evitar a prescrição do caso.
O réu foi preso em flagrante no dia 10 de fevereiro, após um episódio em que agrediu a companheira com uma boneca, impulsionado por ciúmes. Dois dias após a prisão, ele passou por audiência de custódia, sob a supervisão da juíza Lívia Vaz. Contudo, a reviravolta ocorreu quando o juiz Felipe Morais Barbosa revogou a prisão, argumentando que a decisão anterior não havia sido solicitada de forma oficial.
Com a afirmação de que o feminismo não pode ser visto como uma luta entre homens e mulheres, o juiz embasou sua decisão em críticas contemporâneas ao feminismo punitivista, citando a obra de Angela Davis e Juliana Borges. A decisão gerou polêmica, mas levou à soltura do homem, que agora se tornou réu formal por violência doméstica, apesar de sua notável ausência no processo.
Diante de uma suspensão que pode se prolongar até 2037, a situação se torna ainda mais complexa. A justiça exige a presença do acusado para que ele possa constituir defesa e, assim, dar andamento ao processo. Agora, somos levados a questionar: até onde as interpretações judiciais podem influenciar o bem-estar e a segurança das vítimas? Que desdobramentos esperam por nós, e como a sociedade irá responder a este dilema?
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