Na última sexta-feira (30/5), a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público (MPSP) contra o sargento Samir Carvalho, da Polícia Militar. A acusação envolve o assassinato brutal de sua esposa, Amanda Carvalho, e o atentado contra sua filha de apenas 10 anos. O crime ocorreu no início de maio, quando Carvalho invadiu uma clínica em Santos, litoral paulista.
O sargento disparou três tiros e desferiu 51 facadas contra Amanda, deixando também sua filha gravemente ferida, com dois tiros. A gravidade das ações levou o promotor Fabio Fernandez a pedir uma pena mínima de 70 anos de prisão, mencionando qualificadores como meio cruel e o uso de arma de fogo de uso restrito.
O pedido de indenização para os herdeiros de Amanda e para a filha sobrevivente também foi incluído na denúncia, totalizando R$ 150 mil. O promotor destacou que o crime foi premeditado, decorrente de desentendimentos conjugais e comportamento agressivo histórico do acusado.
Crime motivado por ciúmes, analisa polícia
As investigações revelaram que o sargento agiu impulsionado por ciúmes infundados, acreditando erroneamente que sua esposa o traiu. Durante a reconstituição do crime, foi constatado que ele chegou à clínica armado, reforçando a tese de premeditação. Um laudo necroscópico confirmou a brutalidade dos ataques, deixando a sociedade estarrecida.
Após ter sua prisão convertida em preventiva, Samir permanece detido no Presídio Militar Romão Gomes, após ser preso em flagrante logo após o crime. O caso gerou um inquérito policial militar para investigar a atuação dos policiais que intervieram antes do tiroteio, questionando se fizeram o suficiente para proteger Amanda e filha.
A invasão na clínica
Amanda e sua filha estavam na clínica dermatológica quando o sargento apareceu. Preocupada com a segurança, Amanda informara à recepcionista sobre as ameaças que sofria. O dermatologista trancou a porta do consultório em um ato de proteção, mas, mesmo assim, Samir conseguiu entrar e disparou contra ela. A tragédia deixou marcas profundas na comunidade.
Quem era Amanda?
Amanda Fernandes Carvalho, aos 42 anos, era mãe de três filhos e sócia de uma empresa de logística em Santos. Ela era muito ativa em sua vida social, compartilhando momentos felizes nas redes, onde descrevia sua família como seu maior tesouro. Além disso, era apaixonada por vôlei, tendo criado um time misto em sua empresa, competindo em torneios locais.
O impacto da morte de Amanda ressoa profundamente na comunidade e questiona a eficácia das medidas de proteção a vítimas de violência doméstica. Que lições podem ser aprendidas a partir dessa tragédia?
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