Justiça dos EUA bloqueia deportação de brasileiro preso por engano

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Em uma reviravolta inesperada, a Justiça Federal dos Estados Unidos decidiu que o estudante brasileiro, Marcelo Gomes da Silva, de apenas 18 anos, não pode ser deportado nem transferido do estado de Massachusetts sem um aviso prévio de 48 horas. Essa medida ocorreu após sua prisão por agentes de imigração no último sábado (31/5), enquanto se dirigia para um treino de vôlei em Milford com seus colegas de escola.

O Departamento de Segurança Interna justificou a ação como parte de uma operação focada na captura do pai de Marcelo, João Paulo Gomes Pereira, descrito como um “imigrante ilegal” com histórico de direção imprudente. Ao abordarem o carro que acreditavam ser de João Paulo, os agentes se depararam apenas com o jovem, que foi detido como “presença ilegal” no país.

estudante brasileiro marcelo gomes

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Estudante brasileiro Marcelo Gomes

Reprodução

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Marcelo jogando vôlei pela sua escola

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Marcelo e seus amigos do vôlei

Reprodução/Redes Sociais

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Protestos pedindo a liberdade de Marcelo

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Primo de Marcelo protestando com cartaz

Reprodução/X

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Protestos a favor de Marcelo

Reprodução/X

Todd Lyons, diretor interino do ICE, declarou que a prisão de Marcelo foi um “incidente colateral”, criticando o pai do jovem por trazer o filho ilegalmente para os Estados Unidos. Durante a divulgação dos resultados de uma ofensiva migratória em Massachusetts, Lyons revelou que a operação levou à detenção de cerca de 1.500 pessoas em maio, refletindo um endurecimento nas políticas de deportação da administração anterior.

Em um pedido de habeas corpus feito ao Tribunal Distrital de Massachusetts, a advogada Miriam Conrad defendeu que Marcelo “não tem histórico criminal em nenhuma parte do mundo” e pediu sua liberação imediata do centro de detenção em Burlington.

Conforme mencionado pela advogada, Marcelo chegou aos EUA em 2012 com um visto de estudante, o qual já expirou, mas ele é elegível para asilo e planeja formalizar o pedido. O juiz Richard Stearns decidiu que o jovem deve permanecer em Massachusetts por pelo menos 72 horas, garantindo tempo para que um juiz avalie seu caso adequadamente.

Protestos em Milford

A prisão de Marcelo gerou grande comoção na comunidade de Milford, onde o jovem vive com sua família há mais de uma década. Alunos se mobilizaram para protestar na escola e moradores se reuniram em frente à prefeitura, clamando por sua liberdade. Marcelo estava programado para tocar na cerimônia de formatura da escola no fim de semana.

A governadora de Massachusetts, Maura Healey, expressou indignação pela prisão, exigindo explicações do ICE: “Estou perturbada com relatos de um estudante da Milford High School preso pela imigração a caminho do treino,” afirmou em nota, ressaltando a falta de comunicação com as autoridades locais.

I’m demanding immediate answers from ICE about the arrest of a Milford High School student yesterday, where he is and how his due process is being protected. The Trump Administration continues to create fear in our communities, and it’s making us all less safe. pic.twitter.com/8L0bxI7L8V

O senador Ed Markey também se manifestou, cobrando publicamente a libertação de Marcelo: “Marcelo Gomes deveria estar na formatura da Milford High, e não em um centro de detenção do ICE. Isso não é segurança pública. É crueldade”, denunciou o democrata através de um vídeo.

Apoio às famílias imigrantes

O superintendente das escolas de Milford, Kevin McIntyre, afirmou que o distrito escolar não participa de ações de imigração e reafirmou seu apoio às famílias imigrantes. “Estamos todos angustiados com essa situação; eles fazem parte da nossa comunidade e representam nossos valores”, enfatizou em um vídeo.

Marcelo Gomes should’ve been at Milford High’s graduation—not sitting in an ICE detention center.
This isn’t public safety. It’s cruelty. It’s about instilling fear into our communities.
I join the Milford community in demanding the Trump admin and ICE free Marcelo. pic.twitter.com/O3idTwEnRH

O caso de Marcelo é um reflexo das tensões atuais em torno das políticas de imigração e da luta pela defesa dos direitos das famílias na comunidade. O que você acha dessa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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