Esta semana, a cidade de Nice, na França, se transforma no epicentro de uma discussão vital para o futuro dos nossos oceanos. A terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC), que começa na segunda-feira (9), reúne praticamente 50 chefes de Estado e de Governo, incluindo figuras proeminentes como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente argentino Javier Milei. O objetivo? Buscar um consenso global que permita estabelecer políticas comuns e arrecadar fundos cruciais para a conservação marinha.
Os oceanos, que desempenham um papel fundamental na regulação do clima e na manutenção da vida, enfrentam crises severas devido à pesca excessiva, às mudanças climáticas e à poluição. A ONU adverte que estamos em uma “emergência” oceânica, e cabe aos líderes presentes em Nice a responsabilidade de revertê-la. O evento será copatrocinado pela França e pela Costa Rica, além de um desfile marítimo com a participação do presidente francês, Emmanuel Macron, que se juntará aos líderes após um compromisso em Mônaco, onde tentará arrecadar recursos privados para a causa.
Durante cinco dias de conferência, manifestações pacíficas são esperadas, destacando a mobilização de 5.000 policiais em Nice para garantir a segurança do evento. Cientistas, empresários e ativistas ambientais se juntarão aos governantes, especialmente representantes do Pacífico, que demandam compromissos financeiros robustos dos governos. Infelizmente, a delegação americana não estará presente, uma vez que o presidente Donald Trump anunciou recentemente um impulso à mineração em leitos marinhos, ação que gerou controvérsias.
A França ambiciona que esta conferência se torne um marco na proteção marinha, semelhante ao que o Acordo de Paris representou para a ação climática. A expectativa é que os países participantes adotem a ‘Declaração de Nice’, uma proposta que visa a criação de um tratado histórico para a proteção global dos habitats marinhos. Apesar de apenas 28 países e a União Europeia terem assinado até agora, a meta é ambiciosa: conseguir a ratificação de 60 países para proteger 30% dos oceanos até 2030.
Brian O’Donnell, diretor da Campaign for Nature, enfatiza a importância de uma forte vontade política: “Dinheiro existe. O que não existe é vontade política.” Ele aponta que, apesar das dificuldades nas recentes conferências da ONU em reunir os recursos necessários para combater as ameaças ambientais, os oceanos têm recebido o menor financiamento entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Cada ação significativa conta, e sua participação é fundamental. O que você acha que pode ser feito para preservar nossos oceanos? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias sobre o futuro dos mares!
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