Lindbergh diz que grupo político de Bolsonaro parece bandeira dos EUA

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Em um cenário político tumultuado, o deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, levantou um levante de críticas ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante uma coletiva após seu depoimento à Polícia Federal, ele declarou que a atuação de Bolsonaro e seu filho, Eduardo, parece mais uma defesa dos interesses dos Estados Unidos do que do Brasil. “Estamos diante de um agrupamento político que, pela primeira vez, propaga ideais de um outro país. Isso é sem precedentes em nossa história”, afirmou Lindbergh, expressando preocupação com a integridade nacional.

O deputado traçou um paralelo entre as ações de Eduardo e um “golpe continuado” que busca deslegitimar o sistema eleitoral brasileiro, iniciado antes dos tumultos de 8 de janeiro de 2023. Para ele, essa movimentação não é apenas uma questão política, mas um ataque frontal às instituições que garantem a soberania e o funcionamento do Estado Democrático de Direito. Lindbergh espera um posicionamento firme dos setores econômicos em favor da proteção da democracia nacional.

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Ele também revelou que acionará a justiça para bloquear bens de Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente contribui financeiramente para o apoio do filho nos EUA.

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“Nós temos mais de 600 manifestações do Eduardo Bolsonaro”, ressaltou Lindbergh.

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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.

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Além disso, Lindbergh afirmou que Eduardo Bolsonaro realiza uma “depredação simbólica” do Supremo Tribunal Federal e de outras instituições, buscando sanções internacionais contra autoridades brasileiras. “A conduta dele é equivalente à de golpistas. Qual a diferença entre o que ele faz e aqueles que depredaram o Supremo?”, questionou, destacando a gravidade das articulações internacionais.

Como autor da queixa-crime que deu início ao inquérito, Lindbergh fez questão de conectar a tentativa de golpe, já sob investigação, à atuação mais recente de Eduardo no exterior. Para ele, o deputado licenciado está obstruindo investigações e perpetuando uma organização criminosa fora do Brasil.

O parlamentar também manifestou preocupação com o potencial de uma crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Sua equipe jurídica pediu o bloqueio de bens de Jair Bolsonaro, bem como a quebra de sigilos bancários e fiscais dele e de outros envolvidos na investigação.

Durante seu depoimento, Lindbergh solicitou ainda a inclusão do empresário Paulo Figueiredo nas investigações, levantando a suspeita de sua participação nas ações controversas.

A Procuradoria-Geral da República já confirmou que, desde 2023, Eduardo tenta convencer o governo dos Estados Unidos a sancionar membros do Judiciário brasileiro, evidenciando um esforço flagrante para intimidar a Justiça. A PGR pediu a abertura do inquérito junto ao Supremo, apontando que as condutas de Eduardo podem ser consideradas como coação e obstrução de Justiça.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o fim de fevereiro e pediu licença de seu mandato em março, ocasião em que fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos processos envolvendo seu pai, que culminaram na sua condição de réu por tentativa de golpe de Estado.

A situação está em franca evolução e promete ainda mais desdobramentos. O que você pensa sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão!

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