Major que liderava acampamento golpista pode pegar 17 anos pelo STF

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O major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Cláudio Mendes dos Santos, figura como um dos líderes de um acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Seu futuro pode ser determinado por uma sentença de até 17 anos de prisão, proposta pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, em julgamento que ocorrerá no plenário virtual da Primeira Turma, encerrando-se em 5 de agosto, após o recesso.

O major é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de múltiplos crimes, incluindo associação criminosa armada e tentativa de golpismo. As evidências de sua liderança são reforçadas pelo papel ativo nas plataformas digitais, onde fazia convocações e incitava a hostilidade contra os Poderes da República. A PGR sustenta que suas palavras e ações foram essenciais para mobilizar o apoio ao movimento antidemocrático.

Apesar das sérias acusações, Cláudio nega estar envolvido com o acampamento após dezembro de 2022 e afirma não ter estado presente em Brasília durante os eventos de 8 de janeiro. Moraes, no entanto, destaca que a atuação do major visava impedir o funcionamento normal do governo, criando um ambiente de motim, não apenas em Brasília, mas em todo o país.

A acusação destaca sua função como instigador e autor intelectual dos atos ilícitos planejados por um grupo insatisfeito com os resultados das eleições presidenciais de 2022. Os arquivos de investigação também revelaram que Cláudio foi identificado como um dos locutores em um carro de som no acampamento, onde pedia doações para a manutenção do local e convocava policiais a se unirem à causa.

Na sua defesa, Cláudio alega que não participou dos atos de vandalismo e que suas manifestações sempre estiveram voltadas para protestos pacíficos, criticando a denúncia da PGR como genérica e sem fundamentos concretos. Ele insiste na ausência de provas que o vinculem aos crimes e rejeita a ideia de ser parte de uma organização criminosa.

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