Moraes dá 24h a Braga Netto para informar número de voo para acareação

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de 24 horas para que a defesa do general Walter Souza Braga Netto informe os detalhes da viagem a Brasília. Essa viagem será para uma acareação com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ambos réus na Ação Penal nº 2.668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

A acareação está marcada para as 10h de terça-feira (24/6) e será realizada presencialmente no STF. Esta será a primeira vez que Braga Netto deixará a prisão no Rio de Janeiro para confrontar as informações apresentadas por Cid durante sua delação e interrogatório.

Moraes solicitou que todos os dados da viagem sejam enviados para um e-mail de seu gabinete, com a determinação de que essas informações não sejam tornadas públicas, a fim de proteger a segurança do réu.

Viagem

A acareação ocorrerá na Primeira Turma do STF. Braga Netto deixará sua cela adaptada no Comando da 1ª Divisão do Exército, onde está detido desde dezembro do ano passado, e seguirá para Brasília.

Durante a viagem, Braga Netto usará uma tornozeleira eletrônica e arcará com os custos de deslocamento. Ele viajará sem escolta, sem a presença de agentes do Exército, mas será monitorado constantemente e deverá informar onde ficará hospedado na capital federal.

Embora a defesa tenha solicitado a mudança da data da acareação devido à impossibilidade de um dos advogados, esse pedido foi negado por Moraes.

Rotina na prisão

Braga Netto foi preso em 14 de dezembro, como parte da investigação da Polícia Federal sobre a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022. Ele se tornou o segundo general de quatro estrelas a ser preso na história do Brasil, o primeiro sendo Marechal Hermes da Fonseca, em 1922.

A cela onde ele cumpre pena não era originalmente destinada a essa finalidade, mas foi adaptada para atender às exigências do Estatuto dos Militares. De acordo com fontes não oficiais, a cela conta com janelas sem grades, armário, geladeira e até uma televisão – embora isso ainda não tenha sido confirmado pelo Exército.

Braga Netto tem direito a quatro refeições diárias, as mesmas servidas aos demais militares, além de banho de sol cotidiano. Apesar de estar preso em uma unidade que ele já comandou, a custódia é responsabilidade de outro general, Eduardo Tavares Martins. A presença de Braga Netto, a maior autoridade da unidade, não compromete a hierarquia, uma vez que ambos pertencem ao mesmo nível de comando.

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