O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia lançou um inquérito para investigar um alarmante caso de trabalho escravo em Alagoinhas, município localizado a cerca de 80 km de Feira de Santana. Este caso veio à tona após uma operação da Polícia Civil, denominada “Em Chamas”, dedicada ao combate da produção e venda clandestina de fogos de artifício no estado.
Durante a operação, realizada na quinta-feira (12), seis trabalhadores foram resgatados de condições subhumanas. Eles não possuíam carteira de trabalho assinada e eram desprovidos de equipamentos de proteção, enfrentando um ambiente de trabalho inseguro e insalubre. A situação preocupante levou à notificação imediata do MPT e dos órgãos de assistência social do município, que, em colaboração com a Comissão Estadual de Combate ao Trabalho Escravo (Coetrae), iniciaram protocolos de acolhimento e suporte para as vítimas.
O procurador Ilan Fonseca, envolvido nas operações para erradicar a produção ilegal de fogos de artifício na Bahia, ressaltou a importância da união entre os órgãos públicos. Para ele, a ação conjunta não apenas possibilitou o resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão, mas também ampliou a efetividade da fiscalização sobre o trabalho escravo e a produção ilegal de fogos de artifício, que representa riscos não só aos trabalhadores, mas à sociedade em geral.
Além do resgate, a operação resultou na apreensão de aproximadamente dois milhões de fogos de artifício em Alagoinhas. Três pessoas, incluindo dois proprietários de uma das fábricas, foram levadas à delegacia para prestarem esclarecimentos e precisaram pagar fiança para serem liberadas. Em Feira de Santana, a apreensão de 13.500 unidades de fogos irregulares ocorreu em pontos de venda não autorizados, enquanto em Serrinha foram encontrados outros sete mil produtos ilegais. Todos os materiais apreendidos estão destinados à destruição pela Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC).
Esta operação revela a luta contínua contra uma realidade obscura e inaceitável, que ainda persiste em diferentes partes do país. Sua voz é fundamental. Compartilhe sua opinião sobre este tema nos comentários abaixo e vamos juntos promover a conscientização sobre o trabalho escravo e a proteção dos direitos humanos.
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