Em um mundo repleto de incertezas, o pastor e teólogo baptista John Piper, aos 79 anos, apresenta uma visão turbinada sobre a fé e a espiritualidade. Recentemente, ele fez um apelo contundente aos jovens cristãos para que não perguntem o quão perto do pecado podem chegar, mas sim o quão perto de Deus podem estar. Esta mensagem surgiu a partir da dúvida de um adolescente que, numa busca por diversão e alívio, admitiu consumir álcool ocasionalmente e questionou se esse comportamento o afastava da espiritualidade.
Piper fez uma reflexão poderosa ao mencionar as palavras de Tiago 4:8, que diz: “Cheguem perto de Deus, e ele se chegará perto de vocês”. Contudo, ele provocou a lógica do jovem, questionando se a embriaguez — mesmo que leve — realmente conduziria a uma intimidade maior com o Senhor. O pastor lembrou que o cristianismo, por essência, rejeita estados alterados induzidos por substâncias como uma forma de experiência espiritual genuína.
Baseando-se nas Escrituras, especificamente em Efésios 5:18, Piper destacou que a Bíblia chama os crentes a se deixarem preencher pelo Espírito Santo, substituindo práticas que conduzem à libertinagem. Ele enfatizou que o Espírito Santo não elimina a razão; ao contrário, a eleva, permitindo uma verdadeira clareza espiritual. “A embriaguez compromete a clareza que Deus deseja que tenhamos”, advertiu Piper, evocando a ideia de que buscar prazer em substâncias é um desserviço ao propósito divino.
Embora reconheça os perigos sociais associados ao consumo de álcool, como acidentes e rupturas familiares, o foco de Piper é a dimensão espiritual desse hábito. Ele comparou a busca por limites do pecado à imprudência de dirigir cansado. Para o pastor, a verdadeira questão deve ser: “O quão cheio posso ser do Espírito Santo?”, um chamado para que os fiéis reorientem suas vidas em direção à plena comunhão com Deus.
No debate sobre o consumo de álcool no cristianismo, é crucial ressaltar que a Bíblia não proíbe explicitamente sua ingestão, mas condena a embriaguez. Greg Laurie, evangelista da Harvest Christian Fellowship, reforçou a ideia de abstinência, citando que nunca se fica bêbado sem antes haver o consumo. Patrick Nelson, presidente do Seminário Teológico Dort, também fez uma observação pertinente: enquanto o vinho era uma bebida comum na época de Jesus, os impactos do vício são devastadores tanto para o indivíduo quanto para aqueles ao seu redor.
À medida que a discussão em torno do uso do álcool continua, a mensagem de Piper ecoa claramente nas mentes dos jovens: em vez de se perguntar o quão perto do pecado se pode estar, que tal explorar a profundidade da transformação que o Espírito Santo pode oferecer? O caminho para uma vida plena em Deus começa com essa escolha.
O que você pensa sobre essa distinção entre liberdade e responsabilidade? Compartilhe suas ideias e contribua para essa reflexão importante!
Comentários Facebook