O cenário da tensão no Oriente Médio ganhou novos contornos neste domingo, 15 de junho, quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a destruição da principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã, localizada em Natanz. Essa ação foi descrita como um esforço desesperado para barrar o avanço do que Netanyahu considera uma ameaçadora corrida nuclear iraniana.
Além da destruição da instalação, os bombardeios israelenses supostamente resultaram na morte de Mohammad Kazemi, o chefe da inteligência iraniana. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que parte da estrutura em Natanz, essencial para o programa nuclear do Irã, foi danificada, enquanto Israel declarou que também atacou uma usina de conversão de urânio em Isfahan.
O conflito recente teve início com uma intensa ofensiva aérea de Israel, considerada o momento mais explosivo de uma longa história de hostilidades entre os dois países. Desde então, Israel tem se concentrado em alvos estratégicos no território iraniano, com ataques abrangendo instalações militares, depósitos de combustível e até mesmo o Ministério da Defesa. Um ataque a um avião de reabastecimento em Mashhad se somou à lista de alvos atingidos.
As consequências dos ataques são trágicas: o governo iraniano registrou 128 mortos e aproximadamente 900 feridos, incluindo mulheres e crianças. Cidades como Teerã presenciaram explosões próximas a edifícios residenciais e instituições governamentais, convertendo mesquitas e escolas em esconderijos oportunos para a população em pânico. Uma moradora em Bat Yam descreveu a devastação: “Não sobrou nada, não há casa, acabou”.
O Irã retaliou, lançando mísseis direcionados a cidades israelenses, resultando em alarmes em várias regiões, incluindo Jerusalém. As autoridades locais contabilizam ao menos 13 mortos e mais de 380 feridos em Israel. Apesar das advertências e perdas, Netanyahu reafirmou sua determinação de responder com força, prometendo que “o Irã pagará um preço alto pelo assassinato de civis”.
Paralelamente, surgem acusações mútuas: o Irã afirma que Israel tenta sabotar as negociações nucleares em curso com os Estados Unidos, enquanto o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, mencionou “evidências sólidas” de envolvimento das forças americanas. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o país não está diretamente envolvido, mas deixou a porta aberta para possível participação se a situação se agravar.
Com a população de Teerã evacuando e Israel emitindo alertas para civis, a escalada de hostilidades parece longe de uma resolução pacífica. Em meio a esse quadro, a dinâmica geopolítica global continua a ser profundamente afetada.
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