A Bahia viveu uma tragédia nas estradas federais durante o São João deste ano, com um aumento alarmante de quase 50% no número de óbitos em relação a 2024. Enquanto no ano passado foram 15 vidas tragicamente perdidas, este ano o total subiu para 22. Embora os acidentes tenham apresentado uma leve diminuição, passando de 104 para 98, o cenário dos acidentes graves é ainda mais preocupante: um incremento de 13,5%, de 32 para 37 ocorrências.
Os dados, revelados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um balanço divulgado no dia 26 de junho, referem-se ao período crítico entre 18 e 25 de junho. As estradas que mais lamentaram perdas foram a BR-101 e a BR-116, com seis óbitos em cada uma. A movimentação intensa foi registrada na BR-324, que conecta a capital às cidades interioranas, onde as celebrações juninas atraem um grande fluxo de veículos — foram surpreendentes 365,3 mil passagens.
Seguindo na lista de tráfego, a BR-116 teve 310,3 mil passagens e a BR-101 com 199,5 mil, totalizando aproximadamente 1,1 milhão de veículos nas rodovias federais da Bahia durante o período festivo.
A PRF também trouxe à tona as infrações mais comuns registradas nas estradas. As ultrapassagens proibidas lideraram o ranking, com 901 ocorrências, seguidas por alterações irregulares na iluminação dos veículos, com 325 casos. Condutores inabilitados foram 273 e o uso inadequado do cinto de segurança contabilizou 169 infrações. Outras infrações incluem trânsito indevido no acostamento, com 114 registros.
No total, durante os oito dias de operação, a PRF fiscalizou 11,7 mil pessoas e 10 mil veículos, aplicando mais de 8 mil testes de alcoolemia aos condutores. As ações foram direcionadas para combater infrações com elevado potencial de risco, como a condução sob efeito de álcool, ultrapassagens em locais proibidos e a falta do cinto de segurança.
A atuação da PRF foi fundamentada em dados históricos, focando em trechos com grande incidência de acidentes e rotas que ligam a capital ao interior. Com um efetivo reforçado, viaturas, radares móveis e etilômetros, a fiscalização visou não apenas a redução de sinistros, mas também a proteção de vidas e o combate a práticas criminosas que ganham força durante esse período festivo.
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