Douglas Pinhoti Macedo, de 34 anos, viveu um momento angustiante quando a Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Professor Wladimir Oliver, em Indaiatuba, São Paulo, acionou a Guarda Civil Municipal para barrar a entrada de seu filho autista, de apenas 9 anos. O incidente aconteceu na última sexta-feira (6/6), um dia após a suspensão do menino devido a uma agressão a um colega.
Durante essa suspensão, a mãe foi chamada à escola, mas se negou a assinar a medida, alegando que não concordava com os métodos adotados, especialmente levando em conta as particularidades do filho. No dia seguinte, quando a criança foi levada pela prima à escola, deparou-se com duas viaturas da GCM, que foram chamadas pela direção da unidade de ensino para impedir sua entrada.
Os agentes informaram que o menino não poderia acessar a escola, provocando uma situação desconfortável e constrangedora. Ao saber da situação, Douglas pediu que a prima levasse o garoto de volta para casa, intensificando a frustração do pai, que se dirigiu à delegacia para denunciar o episódio.
Perseguição e sofrimentos
- Douglas relatou no boletim de ocorrência que seu filho enfrenta perseguições constantes desde o início do ano letivo. O pequeno já foi suspenso cinco vezes, o que tem causado um grande abalo psicológico.
- O pai enfatizou que o incidente com a GCM deixou o menino ainda mais angustiado e choroso. Ele procurou a Secretaria da Educação, mas nenhuma providência foi tomada. A resposta recebida foi de que a presença das viaturas era necessária para “conter” a criança.
- Ao Metrópoles, Douglas compartilhou um áudio de um grupo de professoras, onde a diretora faz comentários desdenhosos sobre o aluno, chamando-o de “alecrim dourado” e sugerindo que fossem registrados boletins de ocorrência para incidentes de agressão envolvendo ele.
- Uma mensagem recebida de uma docente orientava os funcionários a comentarem em publicações sobre o caso, pedindo que falassem “vocês precisam ouvir o outro lado”, mas sem abordar o sofrimento da criança.
O Metrópoles buscou um retorno da Prefeitura de Indaiatuba sobre a situação, mas até o momento não obteve resposta. A situação ressalta a urgência de discussões sobre inclusão e respeito às diferenças nas escolas.
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