O Parlamento do Irã deu um passo decisivo ao solicitar o fechamento do estreito de Ormuz, uma passagem que é vital para o comércio global de petróleo, respondendo à recente escalada de tensões no Oriente Médio. Este estreito, que conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã, é responsável por aproximadamente 20% do tráfego mundial de petróleo por via marítima, e a decisão ainda aguarda aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional, presidido por Masoud Pezeshkian e composto por ministros e representantes de segurança do país.
Desde a última sexta-feira (20), o preço do petróleo já vinha subindo consideravelmente devido à intensificação dos conflitos na região. O barril tipo Brent, por exemplo, saltou de US$ 69,36 para US$ 78,74, enquanto o WTI, referência nos EUA, passou de US$ 66,64 para US$ 73,88. A situação crítica fez com que o general Esmaeil Kousari, membro do Comitê de Segurança do Parlamento, afirme que há um consenso em bloquear esta artéria do petróleo mundial.
A segurança da navegação no estreito, que possui apenas 33 km de largura e canais de navegação de apenas 3 km em cada direção, é garantida pela 5ª Frota da Marinha americana, baseada no Bahrein. Apesar de ser cercado pelo Irã e Omã, são os Estados Unidos os responsáveis pela proteção desta vital rota comercial, que movimenta entre 17,8 e 20,8 milhões de barris de petróleo bruto diariamente.
A escalada dos conflitos entre Israel e Irã já resultou em uma série de ataques aéreos e bombardeios. Somente no último fim de semana, Israel intensificou os ataques a instalações nucleares iranianas, elevando ainda mais a tensão. Os últimos confrontos levaram a um número alarmante de fatalidades, com 430 mortos no Irã e 24 em Israel, enquanto as operações de segurança se tornaram ainda mais críticas em regiões como Bushehr.
À medida que o drama se desenrola, as repercussões potenciais para o mercado global de petróleo e para a segurança mundial se tornam cada vez mais evidentes. O fechamento do estreito de Ormuz poderia ter um impacto devastador nas economias que dependem deste fluxo de petróleo. Como você vê essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre os desdobramentos desse conflito.
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