Durante a convenção nacional do PSB, no último domingo (1º), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um chamado urgente à esquerda: é hora de investir em candidaturas robustas para o Senado em 2026. A meta? Evitar uma vitória avassaladora da direita. Lula enfatizou que o foco deve ser o Congresso, não apenas os governos estaduais.
“Precisamos considerar onde é imprescindível ter candidatos a governador. No entanto, para o Brasil, é fundamental eleger senadores competentes e congressistas. A maioria no Senado é essencial”, afirmou, refletindo a crescente preocupação com a formação de chapas fortes da direita, que busca dominar a Casa e ter o poder de votar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Lula expressou sua preocupação sobre a possibilidade de um Senado nas mãos da direita, que, segundo ele, poderia “avacalhar” a Suprema Corte. “Preservar as instituições que defendem a democracia é crucial. Se atacarmos o que não gostamos, restará muito pouco”, ponderou. Essa inquietação ressoa também dentro do PT, onde o senador Humberto Costa revelou a ansiedade da esquerda diante da iminente luta por maioria no Senado.
Os partidos de direita, em especial o PL, têm metas ousadas: querem conquistar a maior bancada e estão dispostos a abrir mão de candidaturas a governador em diversos estados para fortalecer suas chapas ao Senado. O ex-presidente Jair Bolsonaro já manifestou o desejo de garantir pelo menos uma vaga por estado, utilizando a influência de sua família para aumentar a representatividade no Senado.
A expectativa é que, em outubro de 2026, dois terços do Senado sejam renovados. Na última eleição dessa magnitude, em 2018, a Casa viu uma onda de novidades, com mais de 85% dos senadores mudando. Agora, os líderes da esquerda expressam o receio de que a direita e o centro-direita se consolidem ainda mais.
Atualmente, partidos de centro dominam o Senado, com a maioria recaiindo sobre o PSD, MDB e PP, enquanto a esquerda detém apenas 20% das cadeiras. O levantamento realizado pelo Bahia Notícias indica que uma renovação significativa é esperada, mas com um claro risco de hegemonia por parte de direitas e centrões nas próximas eleições.
Veja a composição atual do Senado:
PL – 14
PSD – 14
MDB – 11
PT – 9
PP – 7
União Brasil – 7
Podemos – 4
Republicanos – 4
PSB – 4
PDT – 3
PSDB – 3
Novo – 1
Pesquisas apontam como pode ficar a distribuição das cadeiras em 2026, considerando cenários atuais. Embora os nomes possam mudar, o levantamento apresenta um quadro preocupante para a esquerda, com candidatos posicionados nas primordiais disputas estaduais.
Se as pesquisas se confirmarem, as seguintes projeções podem surgir:
O MDB lideraria com 9 senadores, seguido pelo PL com 8, e o PT com 6. Junto com isso, o União Brasil e o PSB também podem ver crescimento, tornando-se fortes contendores.
A expectativa para 2027 é que o PL se torne a maior bancada, enquanto o PSD e o Podemos podem enfrentar desafios significativos para manter suas representações. As eleições de 2026 não apenas moldarão o Senado, mas também definirão o futuro político do Brasil.
Quer saber mais sobre como essas eleições podem impactar o cenário político do país? Deixe sua opinião ou compartilhe como você acredita que será a próxima configuração do Senado!
Comentários Facebook