Petróleo tomba perto dos 7% após retaliação limitada do Irã a ataques dos EUA

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O mercado de petróleo enfrentou uma turbulência significativa nesta segunda-feira, com as cotações despencando quase 7% após a retaliação limitada do Irã contra os Estados Unidos. O cenário se intensificou quando mísseis iranianos atingiram bases militares norte-americanas no Catar e no Iraque, um desdobramento que, inicialmente, gerou preocupações. O barril de petróleo, que chegou a subir mais de 5% devido a temores de que o Irã poderia bloquear o estratégico Estreito de Ormuz, acabou recuando, refletindo a percepção de que a resposta iraniana foi ineficaz e sem impactos diretos na oferta de petróleo.

Na New York Mercantile Exchange, o contrato do petróleo WTI para agosto viu um fechamento em queda de 7,22%, cotado a US$ 68,51 por barril. O Brent, por sua vez, também sofreu queda, de 6,67%, ajustando-se a US$ 70,52. Especialistas, como Robert Yawger, do Mizuho, ressaltam que a retaliação do Irã não representa uma ameaça à produção global, afirmando que a hipótese de fechar os estreitos seria contraprodutiva, dado que os principais clientes do Irã, Índia e China, seriam os mais afetados.

O Bradesco, analisando o impacto da situação, alerta que, embora o Irã seja responsável por 3,1% da produção mundial, sua influência é acentuada pela posição estratégica no estreito, por onde flui 20% do petróleo consumido globalmente. Sob as condições atuais, a expectativa é que os preços do petróleo se mantenham perto de US$ 70 por barril, a menos que surgem novas tensões no Oriente Médio.

A consultoria Capital Economics vai além, avaliando que o aumento da produção nos EUA é pouco provável de se repetir. Problemas de sustentabilidade e a diminuição nas taxas de perfuração indicam que a produção atual pode não ser mantida a longo prazo. A análise previu um superávit crescente no mercado a partir do final de 2025, com a oferta superando a demanda, levando os preços para níveis abaixo de US$ 60 por barril até o fim de 2025 e, possivelmente, abaixo de US$ 50 por barril em 2026.

Este cenário complexo e em constante evolução ressalta a importância de acompanhar as dinâmicas geopolíticas e como elas impactam as commodities. O que você pensa sobre a situação atual do mercado de petróleo? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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