PF assume investigação avançada contra núcleo da farra do INSS em SP

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No coração de São Paulo, um esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS vem sendo desmantelado. A Polícia Federal (PF) entrou em cena, assumindo uma investigação crucial que já havia sido conduzida pela Polícia Civil paulista. Essa junção de forças é resultado da gravidade do caso e do interesse da União em restituir as vítimas, além do envolvimento de servidores federais nas fraudes, como defendido pelo Ministério Público de São Paulo.

Após um pedido de compartilhamento de provas, a Justiça transfere toda a investigação para a esfera federal. Não é à toa que a situação exigiu medidas drásticas. O caso gira em torno do empresário Maurício Camisotti, apontado como um dos principais beneficiários dos descontos indevidos sobre aposentadorias. Estima-se que ele tenha recebido, por meio de diversas empresas, a impressionante quantia de R$ 43 milhões de associações operadas por laranjas, algo que ele nega veementemente.

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A Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF, teve início em 23 de abril e revelará a magnitude do desvio: até R$ 6,3 bilhões podem ter sido subtraídos entre 2019 e 2025. Esta investigação não é uma novidade; a Polícia Civil já havia realizado buscas nos escritórios e residências do grupo de Camisotti em julho do ano anterior. Documentos e computadores confiscados continham fichas falsas de filiação a organizações de aposentados, como a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec).

Com a transferência para a PF, as provas já coletadas pela Polícia Civil prometem enriquecer ainda mais o processo judicial. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram que Camisotti e seus familiares movimentaram mais de R$ 700 milhões em operações suspeitas, evidenciando um forte elo entre empresas e entidades de aposentados, revelando a profundidade da corrupção.

O escândalo do INSS começou a ser desvendado em dezembro de 2023, através de reportagens investigativas que culminaram na Operação Sem Desconto. Os impactos foram significativos, resultando na queda de figuras-chave na previdência social, como o presidente do INSS e o ministro da Previdência. A situação é alarmante: mais de 2,3 milhões de aposentados relataram ter sofrido descontos não autorizados em suas aposentadorias nos últimos cinco anos.

Agora, com a PF liderando a investigação, as esperanças de justiça para as vítimas são renovadas. E você, o que pensa sobre a responsabilidade das entidades envolvidas nesse megaprogama de fraudes? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião!

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