Na noite de sexta-feira, 20 de junho, a Polícia Federal (PF) fez uma captura impactante: o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão, foi preso por sua participação nos tumultos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Sua ação mais notória? A destruição de um relógio histórico, datado do século 17, que adornava o Palácio do Planalto.
A prisão ocorreu na cidade de Catalão (GO), coordenada pelo Grupo de Capturas da PF em Uberlândia (MG), com colaboração da Polícia Militar de Goiás e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais. O mandado foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou a decisão que havia mantido Antônio Cláudio em liberdade no regime semiaberto.
Moraes considerou a liminar, dada pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, inválida, ressaltando a falta de competência do magistrado para tomar tal decisão. Em sua análise, somente o STF detém a prerrogativa de determinar os rumos processuais de réus condenados por ataques antidemocráticos.
Além de anular a soltura, o ministro solicitou uma investigação sobre a conduta do juiz responsável. Moraes também enfatizou que Antônio Cláudio ainda não possui o direito de progressão de regime, uma vez que sua condenação envolve crimes praticados com violência e grave ameaça.
Durante a nova operação, a polícia também localizou um foragido da Justiça, parente do mecânico. Em seu depoimento, Antônio Cláudio admitiu ter invadido o Palácio do Planalto e destruído o relógio elaborado pelo renomado relojoeiro francês Balthazar Martinot. Essa peça, um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI em 1808, é um valioso patrimônio histórico da Presidência da República.
Moraes reiterou: “O juiz proferiu decisão fora do âmbito de sua competência, não havendo qualquer decisão desta Suprema Corte que tenha lhe atribuído a competência para qualquer medida a não ser a mera emissão do atestado de pena.”
A história da destruição do relógio, um testemunho da história brasileira, ressalta a importância da preservação do nosso patrimônio cultural e as consequências severas para aqueles que optam por desrespeitá-lo. O que você pensa sobre as repercussões desta ação? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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