Em 29 de abril do ano passado, a Corregedoria da Polícia Militar recebeu uma denúncia alarmante: policiais militares de São José do Rio Preto, vinculados ao 17º Batalhão do Interior (17º BPM/I), estariam envolvidos em uma organização criminosa dedicada à agiotagem e a homicídios relacionados ao empréstimo ilegal de dinheiro. As evidências começaram a se acumular quando testemunhas protegidas identificaram os sargentos Saint Clair Soares, Rafael Soares e Alan Victor Soares como membros ativos dessa trama criminosa.
As prisões ocorreram em maio deste ano, de acordo com mandados expedidos pela Justiça Militar. No dia 17 de junho, o cabo Felício Pereira Alonso Soler também foi detido, sendo suspeito de assassinato de Jefferson Caetano Barbosa, em março de 2023, um crime que desencadeou uma série de seis homicídios na região, atribuídos a este grupo de PMs que operava como assassinos de aluguel.
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PMs são acusados de compor grupo de extermínio no interior paulista
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Assassino de aluguel caminha até carro, após executar alvo
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Grupo de matadores era contratado por agiotas, segundo investigação
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Dupla de assassinos desembarca de carro para executar vítima
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Até o momento, quatro PMs foram presos
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O soldado Luís Guilherme Silva Pavani, do 17º BPM/I, e um outro policial ainda não identificado são alvos da investigação. Ambos estavam livres até a publicação da reportagem. Um memorando da Corregedoria revela que “os policiais militares atuaram em nome de agiotas na execução de dívidas.”
Entre setembro e dezembro de 2023, a Corregedoria registrou pelo menos quatro agiotadores assassinados em São José do Rio Preto, com modus operandi semelhante. Dois dos homicídios foram ligados ao sargento Saint Clair, que estava de serviço durante ambos os crimes.
Os assassinatos incluem episódios brutais: o de Diego Ermenegildo de Souza, que foi morto a tiros em sua borracharia, e o de Kléber Lucio Souza de Oliveira, executado na porta de sua garagem. Curiosamente, Saint Clair também estava de serviço no momento dessas mortes.
Analisando a mecânica dessas execuções, a trama se entrelaça com a figura de uma traficante e agiota, Bianca Meirelles Nogueira, que teria contratado os policiais. Um assassinato em março de 2023 foi resultado de uma vingança relacionada a essa organização, evidenciando a complexidade de suas operações.
Os PMs envolvidos foram levados ao Presídio Militar Romão Gomes, e até o fechamento desta reportagem, suas defesas ainda não tinham se manifestado. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) declarou que há um Inquérito Policial Militar em andamento, reafirmando o compromisso da corporação com a legalidade e a ética em suas ações.
É um caso que choca e levanta questões profundas sobre a integridade das instituições. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!
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