A Polícia Civil de São Paulo encerrou a investigação contra a Igreja Bola de Neve, concluindo que não havia evidências de fraudes ou desvios de verbas. O relatório, datado de 5 de junho, refutou as acusações feitas pela pastora Denise Seixas, viúva do fundador Rinaldo “Rina” Seixas, que havia contestado a gestão atual da denominação. Na sequência, o Ministério Público decidiu arquivar o caso, aguardando apenas a homologação judicial, que deve ser um mero formalismo.
A crise teve início após a trágica morte de Rina, em novembro do ano passado, em um acidente de moto. À frente de uma vasta rede de mais de 500 templos e uma arrecadação anual estimada em R$ 250 milhões, a liderança enfrentou desafios quando Denise acusou o conselho deliberativo de práticas irregulares, afirmando ter sido preterida na sucessão. Em janeiro, ela foi nomeada presidente interina, mas renunciou em fevereiro após um acordo interno.
Mesmo após a desistência de Denise em continuar com as acusações, a investigação prosseguiu. O documento final da polícia foi enfático ao afirmar que não houve prejuízos financeiros ou ilegalidades na contabilidade da igreja, o que levou ao arquivamento do inquérito.
Os advogados da Bola de Neve celebraram o final do processo, ressaltando que a instituição sempre atuou conforme as leis brasileiras. O conselho deliberativo informou que suas contas são auditadas há mais de dez anos por uma empresa multinacional, incluindo o período em que Denise fazia parte da diretoria. Por sua vez, a defesa da pastora limitou-se a mencionar que existem comunicações judiciais em trâmite, sob sigilo.
Com o inquérito praticamente encerrado, apenas a homologação judicial falta para fechar este capítulo conturbado. Internamente, a liderança expressa a necessidade de ‘virar a página’ e reorientar os esforços para a expansão de seus projetos sociais e missionários.
Entretanto, a disputa deixou cicatrizes na imagem da Bola de Neve. A turbulência expôs fissuras na liderança, antes admirada por sua coesão e crescimento acelerado. Este episódio gerou desconforto entre os membros e líderes regionais, além de levantar questionamentos sobre a transparência e a governança em grandes templos evangélicos. Inocentada judicialmente, a igreja agora enfrenta o desafio de recuperar sua credibilidade e restabelecer a confiança interna para seguir em frente de forma estável.
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