Mais de 5 mil brasileiros residentes em Portugal estão enfrentando uma difícil realidade: receber notificações para deixar o país. Esta decisão reflete um movimento que afeta cerca de 34 mil imigrantes, revelando o impacto de políticas de controle migratório em um país que vem experimentando um aumento significativo na imigração.
Nos últimos dias, o governo português, por meio da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), intensificou o envio de notificações, com cerca de 2 mil comunicações sendo enviadas diariamente. O prazo estabelecido é claro: os imigrantes têm 20 dias para deixar Portugal de forma voluntária. Isso significa que, caso optem por não seguir essa orientação, a situação pode evoluir para uma expulsão forçada, que contará com o apoio das forças de segurança.
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O ministro da Presidência do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro, enfatizou que essa notificação funciona como um aviso inicial, oferecendo aos imigrantes a oportunidade de se retirarem de forma voluntária. Somente se esse prazo não for respeitado é que a retirada compulsória será considerada.
Os brasileiros são o segundo maior grupo afetado por essa medida, atrás apenas dos indianos. A lista é abrangente, incluindo também cidadãos de Bangladesh, Nepal e Paquistão. A distribuição atual das nacionalidades notificadas é a seguinte:
- Indianos: 13.466
- Brasileiros: 5.386
- Bangladeses: 3.750
- Nepaleses: 3.279
- Paquistaneses: 3.005
- Argelinos: 1.054
- Marroquinos: 603
- Colombianos: 236
- Venezuelanos: 234
- Argentinos: 180
- Outras nacionalidades: 2.790
Nos próximos dias, novas notificações estão previstas, já que muitos pedidos de residência permanecem em análise, e aproximadamente 18,5% deles estão sendo rejeitados. Essa ação integra um esforço governamental para reorganizar os fluxos migratórios e lidar com o acúmulo de processos que cresceu nos últimos anos diante da imigração em massa.
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