No coração de Ruy Barbosa, a prefeita eleita, Eridan Dourado (MDB), celebrou sua posse em um clima de tensão e esperanças renovadas. O ato ocorreu neste domingo (1°) na Câmara de Vereadores, onde também tomou posse o vice-prefeito Nildo Fernandes (MDB). A presença do seu marido e ex-prefeito, José Bonifácio (MDB), trouxe um toque emocional ao evento, cercado pelo apoio de seus seguidores.
Porém, a trajetória de Bonifácio não foi fácil. Apesar de ter conquistado a maioria dos votos na eleição de outubro de 2024, ele foi declarado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), devido à rejeição das contas de suas gestões em 2014 e 2016. Agora, ele assume um novo desafio como chefe de gabinete, retornando ao cenário político.
Enquanto isso, a composição do secretariado de Eridan continua um mistério. A semana que antecedeu a posse foi marcada por conflitos entre os grupos que deixavam a administração e aqueles que se preparavam para assumir, criando um clima de incerteza.
Em um embate intensificado, o presidente da Câmara de Vereadores, Robério Lima do Nascimento (PSD), antecipou a posse para quinta-feira (29). Em resposta, o então prefeito interino, Ney Dias (PSB), alertou que essa mudança causaria transtornos, especialmente em relação ao pagamento dos servidores. Sua declaração, disseminada em um vídeo, intensificou a tensão na cidade.
Os servidores, então, se mobilizaram em protesto em frente à Câmara, inflamando objetos em um ato de descontentamento. Os serviços públicos saíram prejudicados, com atendimentos em unidades de saúde sendo suspensos. Na quarta-feira (28), o Tribunal de Justiça acatou um pedido de Ney Dias e suspendeu a posse antecipada, reafirmando a data original.
Uma das primeiras ações de Eridan será a realização de uma auditoria nas contas da gestão anterior, que esteve sob a condução de Cláudio Serrada (PSD) por oito anos. Esse gesto aponta para uma busca por transparência e responsabilidade fiscal.
Eridan Dourado, que obteve 51,57% dos votos válidos contra Doutor George (PSD), que teve 48,43%, agora enfrenta o desafio de governar. Na Câmara de Vereadores, ela contará apenas com um aliado entre as 11 cadeiras, o que torna seu trabalho ainda mais desafiador.
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