Os protestos contra as deportações em massa promovidas pelo governo de Donald Trump estão se espalhando rapidamente pelos Estados Unidos, chamando a atenção do país e do mundo. A onda de manifestações começou em Los Angeles na semana passada e se intensificou entre os dias 10 e 11 de junho, levando o presidente a despachar tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para a cidade, um sinal claro de que a situação se tornou alarmante.
Em resposta à repressão ocorrida em Los Angeles, onde civis e forças militares se confrontaram, manifestações emergiram em diversas cidades, incluindo Washington D.C., Nova York, Oakland, Seattle, Chicago, São Francisco e Austin. Grupos organizadores variam de sindicatos a movimentos sociais, como o “50501”, que se opõem ao governo de forma descentralizada e popular. A Califórnia tornou-se um foco de tensão, com o governador democrata Gavin Newsom enfrentando a presença militar em sua cidade, enquanto o governador republicano do Texas, Greg Abbott, anunciou planos para enviar a Guarda Nacional a lugares estratégicos em todo o estado.
No Texas, cidades como Austin, San Antonio e Dallas se mobilizaram contra as políticas de deportação. Embora autoridades de San Antonio tenham informado que não solicitaram a Guarda Nacional, manifestantes em Austin entraram em confronto com a polícia, resultando em 13 prisões e ferimentos leves entre os agentes. O Partido para o Socialismo e a Libertação organizou essa manifestação em solidariedade aos eventos de Los Angeles, clamando pela interrupção das deportações e pela retirada das tropas.
Em Dallas, a resistência também se fez presente. Vídeos mostraram policiais utilizando equipamentos antimotim frente a manifestantes que, entre bandeiras mexicanas, exigiam justiça. Em Los Angeles, a situação se agravou com a imposição de um toque de recolher, mas isso não foi suficiente para dispersar os milhares de manifestantes na rua. A polícia reportou a prisão de 203 pessoas por desobediência e outros crimes, uma demonstração da escalada do conflito entre civis e autoridades.
A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, se uniu aos manifestantes, criticando abertamente as operações de imigração do governo federal e ressaltando a importância dos imigrantes para a economia local. Junto a outros prefeitos, muitos deles imigrantes, ela enfatizou o papel vital que essas pessoas desempenham, destacando que vêm em busca de uma vida melhor. “Não somos criminosos. Somos pessoas trabalhadoras”, disse a prefeita de South Gate, Maria Davila, ecoando a mensagem comum entre os manifestantes.
A luta continua nas ruas e precisa da sua voz. O que você acha sobre essas ações? Deixe sua opinião nos comentários!
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