No calor dos protestos que eclodiram no Fashion District, próximo ao centro de Los Angeles, o presidente Donald Trump não hesitou em lançar críticas afiadas ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, e à prefeita, Karen Bass. Para conter a agitação, Trump mobilizou a Guarda Nacional, uma decisão que se seguiu a uma operação realizada pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), que entrou em uma fábrica de roupas local.
“Após dois dias de violência e distúrbios, parabenizo a Guarda Nacional em Los Angeles. Temos um governador e uma prefeita incompetentes. Eles falharam em lidar com a crise da licença muito lenta e com os incêndios no passado”, afirmou Trump, em uma mensagem contundente nas redes sociais.
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O presidente também se posicionou contra os protestos, chamando-os de “ações da esquerda radical”, frequentemente alimentadas por “instigadores e arruaceiros pagos”. Em uma declaração provocativa, questionou: “Por que máscaras não serão mais permitidas nos protestos? O que essas pessoas têm a esconder?”
A reação de Newsom não tardou. Ele ressaltou que a Guarda Nacional ainda não havia sido mobilizada naquele momento e destacou a necessidade de se basear nos fatos, em sua defesa. O governador também advertiu que a mobilização de 2 mil soldados é uma manobra inflamatória que apenas intensifica as tensões já existentes. “As autoridades de Los Angeles estão em coordenação constante com a cidade e o condado; não há necessidade não atendida nesse momento”, acrescentou.
“Esta é a missão errada e irá minar a confiança pública”, enfatizou Newsom, ao defender a capacidade da Guarda Nacional em ajudar durante a recuperação local.
A Casa Branca não se esquivou de se posicionar, acusando “multidões violentas” de atacarem agentes durante uma operação de deportação. As tensões começaram na sexta-feira, 6 de junho, quando conflitos eclodiram entre manifestantes e agentes de imigração, resultando na prisão de 118 estrangeiros ao longo da semana, conforme informou o Departamento de Segurança Interna dos EUA.
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