Redução da desigualdade de renda depende da tributação de super rico, diz Fazenda

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O Brasil enfrenta um desafio crítico: a desigualdade de renda, que se agrava diariamente. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, destacou em coletiva recente que a solução para essa disparidade está intrinsicamente ligada à tributação dos super ricos. As medidas propostas pelo governo, incluindo a tributação de fundos fechados e offshore, são vistas como passos essenciais para corrigir essas distorções sociais.

Durante a apresentação de um novo estudo, Mello enfatizou que a combinação de uma reforma do Imposto de Renda com a taxação dos mais altos rendimentos é crucial. Esta proposta enfrenta resistência no Congresso, onde parlamentares expressam descontentamento não apenas com a reforma em si, mas também com recentes ajustes fiscais, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a planificação da alíquota do imposto para diversos investimentos financeiros.

“Para que a reforma tenha um efeito distributivo positivo, a tributação dos super ricos é fundamental”, afirmou Mello. Ele alertou que uma abordagem alternativa, que não considere a alíquota proposta, poderia transformar a reforma em uma ferramenta regressiva, aprofundando a concentração de renda ao invés de suavizá-la, algo que vai contra os objetivos do governo.

Além disso, o secretário destacou que a proposta não tem a intenção de gerar um aumento significativo na arrecadação, mas sim uma redefinição da equidade tributária. O desejo é alinhar a estrutura tributária brasileira à de países desenvolvidos, promovendo uma justiça fiscal que beneficie todos os cidadãos.

A subsecretária de Política Fiscal, Débora Freire, apoiou essas afirmações, mencionando que a reforma é a alternativa política viável para reduzir a desigualdade. Ela ressaltou a complexidade de impactar as camadas mais vulneráveis através de impostos, afirmando que o Imposto de Renda é a principal ferramenta disponível para provocar essa mudança.

Contudo, a tarefa de diminuir a desigualdade no Brasil é gigantesca, especialmente em um país reconhecido por suas disparidades extremas. O coordenador-geral de Estudos Fiscais, Rafael de Acypreste, alertou que a diminuição do Índice de Gini, que mede a desigualdade, é um grande desafio e que a contribuição do Congresso é vital para avançar nesse objetivo.

O que todos devem considerar é que a luta contra a desigualdade não é apenas uma questão econômica, mas uma questão de justiça social. O que você acha sobre essas propostas? Acredita que a tributação dos super ricos pode realmente fazer a diferença? Deixe sua opinião nos comentários!

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