Refina Brasil vê avanço do E30 como positivo e alerta para riscos diante da nova escalada no Oriente Médio

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Em um cenário global de tensões crescentes, especialmente nas proximidades do Estreito de Ormuz, a Refina Brasil analisa o impacto do aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% (E30). Esse novo regulamento surge como uma oportunidade estratégica para o Brasil, que precisa focar em sua segurança energética enquanto o mundo observa inquieto eventos no Oriente Médio.

Evaristo Pinheiro, presidente da Refina Brasil, destaca que o Brasil deve se preparar para possíveis desabastecimentos caso a situação na região se agrave. Nas palavras dele, “se o conflito voltar a escalar, o mundo poderá enfrentar problemas logísticos severos no abastecimento”. Esse alerta é um chamado à ação: o país precisa priorizar sua capacidade de refino para evitar crises diante de mercados voláteis.

Embora o desabastecimento não seja uma certeza imediata, a oscilação no preço dos combustíveis já é sentida. A importação de combustíveis de diferentes países, como Rússia e Estados Unidos, mantém a continuidade, mas também sugere que os preços subirão. Para Evaristo, é crucial que o Brasil aborde sua soberania energética com seriedade, capacitando-se para produzir internamente e reduzir a dependência externa.

Ao analisarmos os impactos das biocombustíveis, a Refina Brasil se posiciona favoravelmente ao aumento da mistura de E30. Com um consumo de gasolina crescendo em torno de 2% ao ano, a medida contribui para uma transição energética mais ampla e estável. No entanto, a fragilidade da infraestrutura brasileira não pode ser ignorada: o país tem capacidade limitada de armazenamento de combustíveis e um déficit de refino que precisa ser resolvido.

Além disso, a Petrobras detém 60% da capacidade de refino nacional, o que lhe confere um controle significativo sobre os preços e afeta a viabilidade econômica de empresas privadas no setor. A prática de venda de combustíveis abaixo do preço de mercado gera prejuízos, inibindo o investimento em novas refinações. Para mudar esse quadro, seria necessário um ambiente mais competitivo que poderia atrair bilhões em investimentos e criar novos empregos.

A recuperação do setor e as iniciativas rumo à sustentabilidade são complementadas pelo recente relatório da Petrobras, que sinaliza um investimento robusto em projetos de redução de emissões. A construção de unidades para produção de diesel renovável e a atuação em mercados de créditos de carbono demonstram que o Brasil pode se tornar um líder na transição energética global.

Para que essas iniciativas prosperem, é essencial fortalecer a capacidade de refino do país e corrigir distorções no mercado. Um equilíbrio mais saudável pode reduzir as vulnerabilidades e garantir um futuro mais sustentável e autossuficiente para o Brasil. O que você pensa sobre a mistura de E30 e suas implicações para o futuro energético do Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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