No cerne do debate sobre liberdade de expressão no Brasil, o julgamento da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet no Supremo Tribunal Federal (STF) gera preocupações alarmantes. A ação do ministro Barroso, que alega que a medida não visa à censura prévia, contrasta com as implicações de um ambiente que pode silenciar vozes dissidentes.
Atualmente, as redes sociais só podem ser responsabilizadas por postagens de usuários quando há uma ordem judicial. Contudo, com a possível revogação do artigo 19, surgem novas ameaças: qualquer um poderá solicitar a remoção de posts sem a necessidade de decisão judicial, deixando as plataformas suscetíveis a interpretações arbitrárias de “fake news” e “desinformação”. Isso pode resultar na exclusão de conteúdos que, embora críticos, são essenciais ao debate democrático.
Vemos exemplos preocupantes de como essa pressão pode se concretizar: uma jornalista no Rio Grande do Sul enfrentou uma multa exorbitante por relatar supersalários de magistrados, enquanto outra se viu sob investigação policial por abordar temas delicados. Até mesmo um comediante enfrentou condenação por fazer piadas em um show privado. Essas situações revelam um cenário hostil para a liberdade de expressão.
No entanto, isso não significa que o artigo 19 não deve ser debatido ou revisado. É crucial que qualquer mudança reflita a vontade popular, sendo decidida por representantes eleitos, e não por um grupo restrito de tecnocratas. A resistência do Congresso em alterar a legislação atualmente vigente reflete o desejo da população pela manutenção de sua liberdade de expressão.
O futuro do debate sobre a regulação das redes sociais é uma questão que requer a participação ativa de todos. A voz do povo deve ser ouvida. O que você pensa sobre as mudanças propostas? Compartilhe sua opinião nos comentários e faça parte dessa discussão vital para a nossa democracia.
“`
Comentários Facebook