Rival de Marcola: em 1 ano, mortes elevam pena de ex-PCC em 75 anos

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Em um desfecho dramático, Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, viu sua condenação aumentar em impressionantes 75 anos, após ser sentenciado por homicídios ocorridos entre agosto de 2023 e junho de 2024. Tiriça, que já ocupou posições de destaque no Primeiro Comando da Capital (PCC), foi um dos protagonistas de um racha devastador com o líder da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

O rompimento entre os líderes do crime foi precipitado por uma declaração gravada de Marcola, que rotulou Tiriça como “psicopata”, um fato que serviu como base para a condenação de Tiriça, que incluía uma pena de 31 anos por matar uma psicóloga. Recentemente, Tiriça recebeu mais 44 anos e 8 meses de prisão pelo homicídio do agente penitenciário federal Alex Belarmino de Souza, que foi alvo de uma emboscada em setembro de 2016.

marcola e soriano

O juiz André Wasilewski Duzczak anunciou a sentença após um julgamento que durou oito dias. O advogado de Tiriça, Cláudio Dalledone, já recorreu da decisão, afirmando que o júri focou na história de vida do acusado em vez da falta de provas concretas.

A cisão no PCC não se limita apenas a Tiriça; três antigos aliados de Marcola – Tiriça, Abel Pacheco de Andrade, o Abel Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, conhecido como Andinho – questionaram sua liderança. A tensão aumentou após a divulgação da gravação em que Marcola descredibiliza Tiriça. Através desse artifício, os promotores conseguiram usar essa revelação a seu favor no julgamento de Tiriça, que, em 2023, foi condenado por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

“Esses caras [Tiriça, Abel Vida Loka e Andinho] ajudaram a fazer o PCC crescer… Agora, são inimigos”, afirmou o promotor Lincoln Gakiya.

A divisão gerou uma guerra interna que culminou em “salves” – comunicados do PCC – onde cada facção tentou reafirmar seus poderes e lealdades. Enquanto Tiriça enviou uma ordem a aliados ainda encarcerados, Marcola tentou garantir a fidelidade dos membros fora do sistema penitenciário. A escalada de violência resultou na expulsão de Tiriça e seus cúmplices, declarando-os à morte.

O cenário é um microcosmo da brutalidade e complexidade das dinâmicas de poder dentro do PCC. Se você tem algo a dizer sobre essa história ou outras questões relacionadas, sinta-se à vontade para compartilhar seus pensamentos nos comentários.

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