Saiba quem são os servidores da UnB envolvidos em escândalos sexuais

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A Universidade de Brasília enfrenta um momento crítico ao ter dois de seus servidores afastados devido a escândalos de assédio. O professor Fábio da Costa Sales, da Faculdade de Saúde, e o servidor Ivo Regazi Filho, do Departamento de Música, estão no centro de denúncias que revelam comportamentos inapropriados e condutas sexuais alarmantes.

Esses casos foram expostos em uma reportagem da coluna de Tácio Lorran, no Metrópoles, que analisou 128 processos administrativos disciplinares em instituições de ensino em todo o Brasil. O relato de uma estudante contra Ivo Regazi é particularmente perturbador: ele tentava forçá-la a um beijo após tocar em seus braços e pernas, e a situação culminou em sua demissão. De maneira chocante, Regazi já enfrentava um processo por violência doméstica quando foi demitido.

Condutas impróprias

O caso do professor Fábio Sales, por sua vez, remete a 2020, quando foram denunciadas suas “condutas impróprias” durante aulas on-line. Ele usou imagens sensuais de mulheres em roupas íntimas como parte de seus slides e fez comentários desrespeitosos sobre o corpo feminino, que não se relacionavam ao conteúdo acadêmico.

As gravações de suas aulas documentaram várias de suas falas, onde ele, por exemplo, comentou sobre cirurgias estéticas e a aparência física das mulheres de maneira sexualizada. Nove alunos e três professores testemunharam contra ele, afirmando que o comportamento de Sales criava um ambiente desconfortável e desrespeitoso.

A Controladoria-Geral da União classificou ambos os casos como condutas sexuais, embora existam outros relatos de assédio na UnB que foram tratados como “falta de urbanidade”. Um caso de 2017 que envolveu um professor assediador, que ficou apenas 60 dias afastado, ilustra a questão da subnotificação de incidentes como este.

Outro lado

Em resposta às denúncias, a Universidade reafirmou seu compromisso em manter um ambiente acadêmico seguro e respeitoso. A reitoria está implantando medidas preventivas e de proteção, como a capacitação de gestores e a elaboração de materiais educativos sobre assédio.

Em sua defesa, Fábio Sales justifica seu uso de imagens, afirmando ter “liberdade de cátedra” para incluir materiais que considera relevantes. A comissão que avaliou seu caso sugeriu uma punição de 30 dias de suspensão e a participação em capacitações sobre questões de gênero e direitos humanos.

Fábio, em declaração, sustentou que sua punição não foi por assédio, mas sim por expressar suas opiniões em sala de aula. Quanto ao ex-servidor Ivo Regazi, não foi possível obter um retorno, mas as portas estão abertas para que ele se pronuncie.

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