O Brasil conquistou a certificação como país livre de sarampo no final de 2024, uma vitória cuja manutenção agora está ameaçada pelo crescente número de casos na América e em outras partes do mundo. Este cenário nos lembra que o sarampo, uma doença altamente contagiosa, pode se reintroduzir rapidamente. Uma única pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 90% das pessoas não imunes ao seu redor, segundo o Ministério da Saúde.
Como parte dos esforços para evitar essa reintrodução, o Ministério da Saúde promoveu campanhas de vacinação em Oiapoque, na fronteira do Amapá, em abril. A vacina utilizada é a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Na região Norte, a cobertura da primeira dose está quase atingindo a meta de 95%, mas a imunização completa, representada pela segunda dose, ainda precisa de atenção, alcançando apenas cerca de 76%.
Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações, ressalta que a vacinação é a chave para evitar que doenças, outrora comuns, retornem ao Brasil. “Manter nosso status de livre do sarampo é um desafio constante”, afirma. A tríplice viral é oferecida a crianças de 12 meses a quatro anos, com a primeira dose aplicada aos 12 meses e a segunda aos 15. Adolescentes e adultos até 59 anos também podem se vacinar, caso ainda não tenham completado seu esquema vacinal.
A história pessoal de Maria do Carmo Medeiros, uma aposentada de 81 anos de Palmeirópolis, no Tocantins, evidencia o impacto devastador do sarampo. Ela perdeu dois irmãos para a doença nos anos 60 e compartilha: “Naquela época, escapava pelo milagre de Deus. Hoje, temos todas as vacinas necessárias”. Essa realidade reforça a importância da vacinação e a proteção que ela oferece.
Em 2024, o Brasil já superou a meta de 95% de vacinação com a primeira dose da tríplice viral, e a cobertura da segunda dose rondou os 80%. É uma evolução significativa em relação a 2022, quando os índices eram 80% e 58%, respectivamente. Contudo, a luta não termina aqui.
Você pode fazer a diferença na mobilização nacional contra sarampo, caxumba e rubéola. Visite uma Unidade Básica de Saúde, leve sua Caderneta de Vacinação ou um documento de identificação com foto e garanta sua imunização. Juntos, podemos proteger nossa comunidade!
Além disso, esteja atento a sintomas importantes: o sarampo pode se manifestar com manchas vermelhas, febre alta, tosse seca e irritação nos olhos. No caso da caxumba, o aumento das glândulas salivares é um sinal, enquanto a rubéola pode aparecer com febre baixa e gânglios inchados. O conhecimento e a vacinação são nossas maiores armas contra essas doenças.
Vamos juntos compartilhar essa mensagem. Comente abaixo sua experiência com a vacinação ou incentive amigos e familiares a se vacinarem. A saúde de todos depende disso!
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