A cada ano, quase seis milhões de burros são abatidos na China, uma tragédia que ecoa em comunidades africanas que dependem destes animais. Essa realidade alarmante foi revelada pela The Donkey Sanctuary, uma organização britânica que luta pelos direitos dos burros. O motivo por trás dessa cruel extração? O aumento da produção de ‘ejiao’, um suplemento alimentar feito à base de colágeno extraído da pele dos animais, que movimenta uma indústria avaliada em impressionantes US$ 6,8 bilhões (aproximadamente R$ 37,68 bilhões).
Em um passado não muito distante, em 1992, havia 11 milhões de burros na China. Hoje, esse número despencou para apenas 1,5 milhão, levando o país a buscar por alternativas no continente africano para atender à sua crescente demanda. Em resposta a essa situação alarmante, a União Africana impôs, no ano passado, uma moratória de 15 anos sobre o abate de burros, reconhecendo a necessidade urgente de proteção desses animais.
A The Donkey Sanctuary também destaca uma questão preocupante: a indústria de ‘ejiao’ não apenas alimenta o comércio global de peles de burro, mas boa parte desse mercado é ilegal. No último ano, cerca de 5,9 milhões de burros foram abatidos em todo o mundo, intensificando a necessidade de ações efetivas para garantir a sobrevivência dessas criaturas e proteger as comunidades que delas dependem.
Esse tema nos convida a refletir sobre as implicações de nossas escolhas de consumo. Como podemos contribuir para um futuro em que os burros continuem sendo uma parte vital da vida rural e que sejam respeitados em sua existência? Compartilhe suas opiniões e vamos juntos explorar soluções que podem fazer a diferença.
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