A Universidade Federal da Bahia (UFBA) enfrenta um desafiador revés, após cair 26 posições no prestigioso ranking Center for World University Rankings (CWUR) de 2025. Este não é um problema isolado; 46 das 53 universidades brasileiras avaliadas também experimentaram quedas semelhantes, refletindo uma tendência alarmante no cenário educacional do país.
O principal responsável por essa queda, segundo a análise do CWUR, é a contínua falta de investimentos governamentais nas universidades. Dr. Nadim Mahassen, presidente do CWUR, esclarece: “Enquanto diversos países investem pesadamente em educação e ciência, o Brasil luta para manter-se competitivo.” Essa carência de apoio financeiro resulta em um desempenho inferior em pesquisa, comprometendo a qualidade do ensino.
A UFBA, que ainda se mantém entre as 4,8% melhores universidades do mundo com uma nota de 70,5 em 100, não pôde escapar das consequências desse cenário adverso. Comparado ao ano anterior, a universidade não apenas perdeu posições no ranking global, mas também viu seu desempenho encolher em todas as categorias avaliadas, incluindo uma drástica queda de 52 posições em “Classificação de Empregabilidade” e 29 em “Classificação de Pesquisa”.
A Universidade de São Paulo (USP), embora ainda seja a brasileira melhor posicionada, também registrou um declínio em indicadores vitais, como a qualidade da educação e do corpo docente, caindo para a 118ª posição. Os sinais são claros: a crise orçamentária é um fenômeno que afeta não apenas a UFBA, mas todo o sistema de ensino superior no Brasil.
Com um orçamento previsto de R$ 10,4 bilhões para 2025, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) já havia sinalizado que esse valor é insuficiente para atender às demandas das instituições. A equipe do Bahia Notícias buscou uma resposta da assessoria de imprensa da UFBA sobre os cortes orçamentários, mas não obteve retorno.
Agora, mais do que nunca, é crucial que a comunidade acadêmica e a sociedade em geral se unam para reivindicar investimentos e decisões que garantam um futuro promissor para o ensino superior no Brasil. O que você acha que pode ser feito para reverter essa situação? Compartilhe suas ideias!
Comentários Facebook