Senado segue a Câmara, derruba aumento do IOF e impõe nova derrota ao governo Lula

Publicado:

Na última quarta-feira, 25 de junho, uma reviravolta política surpreendeu o país: o Senado Federal seguiu os passos da Câmara dos Deputados e derrubou três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que propunham um aumento significativo nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Este movimento representa mais uma derrota para o governo, com a estimativa de que a arrecadação deste ano será impactada em até R$ 10 bilhões.

A votação, que culminou em 383 votos a favor e 98 contrários na Câmara, foi seguida de uma aprovação simbólica no Senado. Com essa questão resolvida, as alíquotas voltam para os níveis anteriores a 22 de maio, proporcionando uma alívio fiscal em operações como crédito para empresas e investimentos. Por exemplo, a alíquota para cartões internacionais retorna a 3,38% e as remessas ao exterior caem de 1,1% para 0,38%.

Contudo, a derrubada dos decretos não ocorre em um vácuo político. O clima tenso entre o Executivo e o Legislativo é palpável. A decisão de pautar a votação surpreendeu o governo, visto que líderes como José Guimarães e Gleisi Hoffmann não foram informados previamente. Parlamentares expressaram seu descontentamento, alegando que o governo tenta desviar a responsabilidade pelo aumento na conta de luz, enquanto ministros criticam a atividade legislativa durante o período junino.

Davi Alcolumbre, presidente do Senado, utilizou sua plataforma para criticar uma suposta “campanha de desinformação” contra o Congresso, sublinhando que a decisão foi tomada com responsabilidade fiscal. Frente a essa calamidade, o governo estuda recorrer ao Supremo Tribunal Federal para reverter a derrubada, enquanto outros acreditam que uma solução política possa evitar mais desgastes.

A líder do PT na Câmara, Gleisi Hoffmann, enfatiza a falta de base legal para a revogação dos decretos, alertando que isso pode comprometer programas sociais. A equipe econômica também expressa preocupação: sem os decretos, o bloqueio orçamentário já planejado de R$ 31,3 bilhões precisará ser ampliado para manter a meta de déficit zero.

Diante dessa crise, o governo propôs uma medida provisória que visa gerar novas fontes de receita, como a taxação de apostas online e criptoativos. No entanto, a resposta do Congresso até o momento tem sido cautelosa. Antes, o aumento do IOF era visto como uma estratégia central da equipe econômica para melhorar o resultado fiscal, com expectativas de arrecadação que chegariam a R$ 20,5 bilhões em 2025.

Esse cenário político incerto não só reflete a tensão entre os poderes, mas também serve como um alerta sobre a necessidade de um diálogo construtivo. Os próximos dias poderão revelar se o governo encontrará um caminho para reverter essa situação. O que você acha dessas mudanças? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

‘Governo vai comprar perecíveis que iriam para EUA’, diz ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, revelou em uma entrevista recente que o governo brasileiro vai realizar a compra...

FPM: segundo decêndio de agosto tem o terceiro menor repasse do ano

O valor pago aos aos municípios na última quarta (20) foi de R$ 1,3 bi

Relatório da PEC que propõe fim da escala 6×1 deve ser apresentado em até 90 dias

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE), relator da subcomissão encarregada de examinar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a...