Em meio a um turbilhão de polêmicas e desdobramentos políticos, o pastor Silas Malafaia se viu no centro de uma controvérsia ao ser chamado a depor em um inquérito da Polícia Federal (PF). A investigação, que se concentra sobre o possível uso indevido de recursos públicos em atos políticos realizados no feriado de 7 de Setembro de 2022, gerou reações contundentes do religioso, que não deixou de expressar sua indignação.
Malafaia, conhecido por sua contundente defesa de Jair Bolsonaro, questionou a eficiência da PF ao afirmar que estava no mesmo endereço há mais de 15 anos. “Moro no mesmo lugar desde 2008 e já recebi todo tipo de intimação. Agora, me dizem que não me encontraram? Desde quando se faz intimação por telefone? Isso é uma piada”, disparou, revelando seu descontentamento com a situação.
De acordo com o relatório da PF, o delegado Manoel Vieira da Paz Filho havia determinado a intimação de Malafaia para prestar esclarecimentos. No entanto, a escrivã responsável pela diligência informou que, apesar das tentativas de contato por telefone, não obteve sucesso. “Nenhum dos telefones foi atendido”, foi o que constou no documento.
O depoimento do pastor é considerado crucial para a investigação que busca entender o financiamento dos trios elétricos utilizados em eventos de apoio a Bolsonaro. Durante uma entrevista à imprensa, Malafaia afirmou ter custeado o aluguel do trio elétrico em Copacabana, apresentando uma nota fiscal de R$ 34,7 mil. Contudo, ele destacou que não tem ligação com o trio utilizado em Brasília, que foi organizado por outro grupo.
A Polícia Federal apura, nesse contexto, possíveis crimes de peculato e falsidade ideológica. As manifestações celebradas em 7 de Setembro de 2022 levantaram suspeitas sobre o uso de dinheiro público em favor da campanha eleitoral de Bolsonaro. Já na esfera eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não poupou o ex-presidente, declarando-o inelegível, enquanto imposições financeiras também recaíram sobre ele e seu vice, Braga Netto.
Malafaia não hesitou em criticar a condução do inquérito, destacando a incoerência nas alegações da PF. “Parece mais uma tentativa de narrativa do que um erro real”, afirmou, ressaltando sua posição como um dos principais aliados de Bolsonaro no meio evangélico. Para ele, a tentativa de desmoralização do ex-presidente se configura como uma perseguição política.
Após as declarações, a PF e o Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestaram oficialmente sobre as críticas do pastor. Enquanto isso, Malafaia permanece ativo em suas redes sociais, reafirmando sua disposição em colaborar com qualquer investigação, desde que a mesma seja conduzida de maneira responsável e imparcial.
E você, o que pensa sobre a situação atual envolvendo Silas Malafaia e a investigação da PF? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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