Nesta sexta-feira (5/6), o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia um julgamento importante relacionado aos eventos do 8 de Janeiro, envolvendo José Adriano Diduch. Este homem foi baleado após agredir policiais militares durante os atos antidemocráticos que marcaram aquele dia fatídico.
Diduch enfrenta uma série de acusações, que incluem associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado à propriedade pública. Sua denúncia foi aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em agosto de 2024 e agora, os ministros ponderam sobre sua condenação.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Diduch participou ativamente das manifestações antidemocráticas em Brasília desde novembro de 2022. A PGR destaca que ele fez parte do grupo que decidiu invadir e depredar as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, durante a qual destruições severas ocorreram, atingindo monumentos urbanos protegidos.
A identificação de Diduch foi realizada com base em um laudo facial, que ajudou a confirmar sua presença na cena. A PGR enfatiza a violência que ele empregou ao iniciar uma luta corporal contra os policiais que tentavam controlar a situação. Outros manifestantes também atacaram os agentes com paus e barras de ferro, tornando a situação alarmante e caótica.
Uma das policiais envolvidas na repressão aos tumultos, Marcela da Silva Morais Pinno, relatou em seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro que os manifestantes usaram estacas de bandeiras em seus ataques. O ferimento causado em Diduch, que o levou a ser hospitalizado, também ajudou na sua identificação como agressor.
Os registros do Hospital de Base de Brasília confirmam que Diduch foi atendido no dia 8 de janeiro, após ser trazido por bombeiros, apresentando ferimentos de bala nas pernas. Documentos do hospital detalham que ele estava na manifestação no momento do ataque.
Além disso, em vídeos de seu celular, Diduch foi ouvido fazendo declarações sobre fraudes eleitorais, e as evidências de geolocalização indicam que ele estava presente em frente ao Quartel General do Exército antes do início dos tumultos.
A defesa de Diduch argumenta que ele esteve na manifestação por um curto período de tempo e que suas ações não afirma que ele fosse responsável pelas agressões. Eles mencionam que não há provas concretas que o vinculem diretamente aos ataques contra os policiais e questionam a investigação que não conseguiu corroborar sua participação nas agressões.
Por fim, a defesa destaca a necessidade de uma avaliação cuidadosa das provas, afirmando que a única evidência de Diduch estar presente no local não é suficiente para fundamentar as acusações de associação criminosa armada e atos de violência. Eles pedem, portanto, sua absolvição.
“`
Comentários Facebook