A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje, 13 de junho, o julgamento de uma mulher envolvida nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Shirley de Andrade é a ré do processo, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentando áudios e vídeos como provas de sua participação nos tumultos.
Nos registros, Shirley é flagrada no STF afirmando que a “casa do Xandão” estava “acabada”. Em sua defesa, a ré alegou não lembrar de ter proferido tal frase, ressaltando que sempre valorizou o trabalho do ministro Alexandre de Moraes. Em um dos áudios, ela compartilha com um grupo que “quebrou o STF inteiro, todinho”, detalhando as invasões e destacando que, apesar dos ferimentos sofridos pelos manifestantes, a suposta missão de destruir patrimônio foi cumprida.
A denúncia revela que Shirley não apenas participou dos atos, mas também incentivou outros a se unirem a ela, orientando-os sobre como confeccionar cartazes e adquirir equipamentos para a manifestação. Sua defesa admite a presença em Brasília no dia dos eventos, mas afirma que o intuito era simplesmente pressionar os parlamentares, não promover a destruição.
Shirley contestou a autenticidade das gravações de seu celular, alegando que havia sido furtado e que não tem relação com as transcrições incluídas pela PGR. Ela defende sua inocência ao afirmar nunca ter participado de ações violentas e expressou arrependimento pelas declarações feitas na época, pedindo desculpas ao ministro Moraes e aos demais integrantes da Corte.
O julgamento ocorrerá em formato virtual, com a previsão de conclusão até 24 de junho. Além do caso de Shirley, a Primeira Turma tem agendado a análise de mais de 20 outros processos relacionados ao 8 de janeiro, abrangendo desde participantes em atos menos violentos até aqueles acusados de invasões e depredações.
Casos como o de Jorgeleia Schmoeler e Luiz Gonzaga Militão também estão na pauta, com suas defesas alegando não terem participado ativamente dos delitos, mas apenas da manifestação. Enquanto Shirley e Jorgeleia se dizem inocentes, Militão advoga que as provas contra ele são baseadas em suposições e não refletem a realidade dos atos cometidos.
Esses julgamentos destacam a importância do Estado de direito e o papel fundamental do STF na preservação da democracia. Como você vê a situação? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão.
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