Suspeitos da PF debateram logo de grupo de matadores no WhatsApp

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A investigação da Polícia Federal (PF) em torno da suposta venda de decisões judiciais revelou um aspecto sombrio: a discussão sobre uma caveira como logotipo do grupo denominado “Comando C4”. Este nome, que se refere ao “Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”, sugere a existência de um grupo de matadores de aluguel que vigia autoridades.

A logo discutida por membros do grupo 'C4'
A suposta logo do grupo “C4”

As trocas de mensagens entre os suspeitos, Hedilerson Barbosa e Elenilson Fialho, em novembro de 2023, revelam um preocupado processo criativo sobre a identidade visual deste grupo. Hedilerson começou o diálogo sugerindo palavras-chave como “Caça, Bandido, Comunista, Corrupto” e rapidamente definiu a ideia central: “C4. Caveira”. Quase duas horas depois, ele expressou entusiasmo, referindo-se ao design como “top”, sem a intenção de alterar muito, apenas sugerindo um pequeno ajuste.

O diálogo se intensificou, com Hedilerson enviando um áudio solicitando que a palavra “Comunistas” fosse transformada em plural, além de outros detalhes visuais. As sugestões para aprimorar o logotipo continuaram, como incluir a palavra “Comando” na circunferência da caveira, evocando imagens de medalhas e símbolos de força. “Será que fica legal o comando fazer uma circunferência na cabeça da caveira?” questionou ele, buscando a perfeição estética de um emblema que sintetizasse seus ideais distorcidos.

Prints de conversas do grupo 'C4' obtidas pela PF
Prints de conversas sobre o grupo “C4” obtidas pela PF

A comunicação progrediu e Elenilson, apesar de estar engajado em um outro projeto, resolveu buscar otimizar a proposta. Ele disse: “Se for projeto ‘miliciano’ eu quero entrar! kkk”, sem imaginar as implicações reais deste grupo sombrio. A busca pela identidade visual tornou-se uma conversa, em meio a risos, mas por trás dela existia um plano nebuloso que frota no imaginário da criminalidade.

Operação Sisamnes: O Desmantelamento de uma Rede Criminosa

O “Comando C4” foi alvo da 7ª fase da Operação Sisamnes, que se iniciou após a trágica morte do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT). A partir desse crime, a PF desvendou uma complexa rede de venda de sentenças judiciais que ameaçava a integridade do sistema legal no Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça.

As investigações revelaram a interligação de civis e militares, comprometendo não apenas a manutenção da lei, mas também envolvendo assassinatos premeditados. As provas começaram a surgir através de Coronel Luiz Caçadini, um militar da reserva suspeito de financiar a morte de Zampieri, e com ele, várias anotações que detalhavam os alvos e o valor a ser cobrado, como R$ 50 mil para figuras normais, variando até R$ 250 mil para ministros do Judiciário.

Esse caso expõe a dura realidade de um submundo onde a criminalidade se entrelaça com figuras de autoridade, minando a confiança pública nas instituições. O desmantelamento do “Comando C4” pela PF é apenas um passo em direção a um futuro onde a justiça possa prevalecer. Você o que pensa sobre os riscos dessa criminalidade e a necessidade de uma investigação mais profunda? Deixe seu comentário abaixo!

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