Em uma declaração contundente neste sábado, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, teceu críticas ferozes ao julgamento do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, chamando-o de “caça às bruxas” contra um “herói de guerra”. Ao se manifestar antes do depoimento de Netanyahu no tribunal de Tel Aviv, que ocorrerá na próxima segunda-feira, Trump deixou claro seu apoio inabalável ao líder israelense.
“O que estão fazendo com Bibi Netanyahu é terrível. Ele é um herói de guerra que colaborou de forma brilhante com os EUA para desmantelar a ameaçadora realidade nuclear do Irã”, afirmou Trump. Sua crítica não se limitou apenas à situação de Netanyahu, mas também refletiu suas próprias experiências, comparando a perseguição a ele com a que o premiê israelense está enfrentando. Em sua visão, a Justiça israelense estaria cometendo um erro ao obrigar um líder a se sentar no tribunal, tratando de acusações que ele considera irrelevantes.
A retórica de Trump intensificou-se ao afirmar que os EUA financiam significativamente a proteção de Israel e que, diante do que considera injusto, “não vamos tolerar isso”. Para Trump, a tensão atual não só prejudica Netanyahu, mas também mancha a recente colaboração bem-sucedida entre Israel e os EUA.
As acusações contra Netanyahu não são leves. Ele enfrenta três crimes: fraude, quebra de confiança e suborno, que o primeiro-ministro nega veementemente. As investigações que começaram em 2017 resultaram em múltiplas diligências, mas a pandemia atrasou consideravelmente as audiências. Além disso, a atual guerra entre Israel e Hamas dificultou ainda mais o processo judicial, que tem tido sua dinâmica alterada a pedido da defesa de Netanyahu.
Em paralelo, Trump destacou a importância das negociações entre Israel e Hamas sobre a liberação de reféns em Gaza, prevendo que a situação legal de Netanyahu poderia impactar essas discussões. “Nesse momento, Bibi está se empenhando em um acordo com o Hamas que poderá incluir a devolução dos reféns. Essa farsa chamada ‘Justiça’ poderá interferir no que se espera que seja um passo vital nas negociações”, concluiu Trump.
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