O governo do presidente Donald Trump está movendo-se em uma nova direção no caso de Kilmar Armando Abrego Garcia, um salvadorenho de 29 anos. Após uma deportação considerada “ilegal” para El Salvador, onde ele deveria enfrentar acusações criminais, Abrego Garcia retorna aos EUA, agora sob o plano do governo de deportá-lo novamente para um destino diferente.
A controvérsia surgiu quando o juiz federal James Boasberg suspendeu um voo de deportação destinado a 238 supostos membros de gangues, incluindo 23 integrantes da MS-13. O governo, no entanto, decidiu ignorar essa ordem judicial, levando Abrego Garcia a ser deportado, mesmo diante das evidências que refutavam sua suposta ligação com atividades criminosas.
A juíza distrital Paula Xinis ordenou a devolução de Abrego Garcia aos EUA, uma decisão que foi confirmada pela Suprema Corte em 11 de junho. A insistência na deportação continua, mesmo após a determinação judicial. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, enfatizou que Abrego era um “contrabandista de pessoas”, ligando-o a crimes graves e afirmando que, após sua pena, ele seria deportado novamente para El Salvador.
No dia 22, a juíza federal Barbara D. Holmes afirmou que Abrego Garcia não representava risco de fuga ou perigo à comunidade, porém, indicou que ele não ficaria livre, com a possibilidade de ser colocado sob custódia da imigração durante seu processo criminal. Logo em seguida, o Departamento de Justiça solicitou a suspensão da ordem de libertação, alegando tensões internas sobre o futuro do réu.
O juiz Waverly D. Crenshaw Jr. não acatou o pedido, afirmando que a responsabilidade pelas acusações cabe ao governo, deixando claro que a falha em agir apropriamente poderia ter implicações sérias. O desfecho deste caso ainda está por vir, trazendo à tona questões sobre a eficácia da justiça e a complexidade da imigração nos EUA.
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