Você sabe o que tem na carne que compra? Água, aditivos e a importância de ler o rótulo

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Na hora de escolher a carne no açougue, muitos buscam por maciez e suculência. Contudo, o que os consumidores nem sempre percebem é que esses atributos podem ser alcançados por meio da adição de água e outros aditivos. Esses elementos precisam estar claramente especificados no rótulo dos produtos, e entender essa informação é crucial para uma compra consciente.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a adição de soluções compostas por água — ou água misturada a sal — é legal, e serve para conservar a carne, amplificar seu sabor e facilitar o seu amaciamento. Para regular essa prática, existem normas técnicas que exigem que as empresas registrem quaisquer métodos utilizados para esse fim, apresentando justificativas e evidências de que as soluções são eficazes.

O processo mecânico de amaciamento, que envolve a ruptura das fibras da carne por facas ou agulhas, muitas vezes também utiliza a injeção de água. Essa técnica, ao ser feita corretamente, resulta em cortes mais tenros e saborosos. Porém, as carnes processadas e temperadas devem informar no rótulo se contêm aditivos, como água, conforme a regulamentação de 2018 do Mapa.

Embora não haja um limite fixo para o teor de água permitido, as empresas devem declarar o percentual injetado. Por exemplo, um fabricante pode adicionar até 15% de água e informar isso ao consumidor. É fundamental que esse equilíbrio entre proteína e umidade seja mantido, uma vez que a qualidade do produto cárneo está atrelada a esses fatores.

Quando se trata de rótulos, é vital que a informação sobre o amaciamento e a adição de solução esteja visivelmente estampada. Especialistas ressaltam que, mesmo que a legislação exija a declaração dos aditivos, as informações nem sempre são apresentadas de forma legível, o que pode levar a mal-entendidos e até fraudes no setor. Consumidores atentos, como os farmacêuticos e analistas de qualidade, defendem a necessidade de clareza e transparência nas embalagens.

Além disso, consumidores têm o direito de conhecer a origem e qualidade dos produtos que consomem. Caso a água adicione um percentual maior que 3%, essa informação deve ser explicitada. O Mapa tem o dever de assegurar essa fiscalização em várias etapas, mas a falta de estrutura pode permitir irregularidades.

Ao que se refere aos impactos nutricionais, alimentos in natura são sempre a melhor escolha. A adição de aditivos pode comprometer a qualidade, e especialistas apontam que, à medida que mais ingredientes são acrescentados, a carne perde sua essência. Financeiramente, muitos consumidores se sentiriam enganados ao perceber que estão pagando por um produto diluído.

Mais preocupante, a utilização de água de qualidade duvidosa pode representar riscos à saúde pública. No entanto, em indústrias que são devidamente fiscalizadas, a injeção de água não deve apresentar riscos à saúde. O essencial é que o sistema regulatório funcione, garantindo que todos os padrões de qualidade sejam respeitados.

Agora que você sabe mais sobre o que pode estar na carne que compra, que tal conferir os rótulos e ficar atento às informações? Compartilhe sua opinião nos comentários! Sua voz é importante na busca por produtos de qualidade e transparência no mercado.

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