Endividamento sobe pelo quinto mês seguido, mas inadimplência segue estável, diz CNC

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Em junho, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que o número de famílias endividadas no Brasil atingiu 78,4%, representando o quinto mês consecutivo de aumento. Embora o panorama de endividamento esteja em ascensão, a inadimplência permaneceu estável em 29,5%, mesmo índice do mês anterior. Em comparação ao ano passado, a inadimplência teve um ligeiro aumento, de 28,8% para 29,5%.

Os dados consideram dívidas provenientes de várias fontes, incluindo cartões de crédito, cheque especial e financiamentos. O percentual de brasileiros que se sentem “muito endividados” também cresceu, chegando a 15,9%. Mesmo assim, a parte da população sem condições de quitar suas dívidas se manteve em 12,5%.

Notavelmente, a proporção de famílias com dívidas há mais de um ano caiu para 32,2%, enquanto o número de famílias com dívidas de curto prazo aumentou, sugerindo uma tendência preocupante. A média do comprometimento da renda com dívidas diminuiu para 29,6%, assim como o tempo médio de atraso, que passou de 64,3 dias para 64,1 dias. Contudo, o cartão de crédito continua sendo a principal fonte de endividamento, citado por impressionantes 83,3% dos entrevistados.

Entre os diferentes grupos de renda, o endividamento aumentou nas faixas de três a cinco e até três salários mínimos, enquanto nas classes mais altas houve um leve recuo. Na classe média baixa, a inadimplência subiu para 29,4%. A expectativa do economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, é que o endividamento continue a crescer, podendo alcançar um aumento de até 2,5 pontos percentuais até o fim de 2025, enquanto a inadimplência pode também subir em 0,7 ponto.

Este panorama nos leva a refletir sobre a saúde financeira das famílias brasileiras. Como você tem lidado com suas finanças em tempos desafiadores? Compartilhe sua experiência ou deixe suas dicas nos comentários!

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