Entenda a proposta de acordo do INSS para ressarcir aposentados por descontos indevidos

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Recentemente, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma proposta que promete trazer alívio financeiro para milhares de aposentados e pensionistas. Se aprovada, a iniciativa vai garantir o ressarcimento integral dos descontos indevidos nas mensalidades associativas feitos entre março de 2020 e março de 2025.

De acordo com o plano, os pagamentos começarão a ser realizados a cada 15 dias a partir do dia 24 de julho, abrangendo cerca de 1,5 milhão de beneficiários por lote. Os valores devolvidos serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), oferecendo uma compensação justa para aqueles que foram prejudicados.

Para receber o ressarcimento, os aposentados precisarão entrar em contato diretamente com o INSS, utilizando canais como o aplicativo Meu INSS, o telefone 135 ou agências dos Correios. É importante ressaltar que a adesão ao acordo é voluntária e, uma vez analisado o pedido, os beneficiários terão seus nomes incluídos na lista de ressarcimento.

Quem já ingressou na Justiça para buscar o ressarcimento, porém, precisará desistir da ação, pois o INSS garantirá o pagamento de 5% em honorários advocatícios para aquelas ações movidas antes de 23 de abril de 2025.

Entre os principais pontos do acordo, destaca-se a devolução automática para grupos vulneráveis, incluindo idosos acima de 80 anos, quilombolas e indígenas, que receberão o ressarcimento sem necessidade de requerimento prévio. Em caso de contestação de descontos, as entidades associativas terão 15 dias para provar a autorização ou devolver os valores ao INSS, que por sua vez se responsabilizaria pela devolução aos beneficiários caso as entidades não o façam.

Além disso, o acordo também apresenta uma estrutura clara para a extinção de ações judiciais relacionadas ao INSS, afastando alegações de danos morais e implicações do Código de Defesa do Consumidor. Caso o beneficiário decida não aderir ao acordo, ele ainda poderá buscar a via judicial para a recuperação dos valores.

Por último, é importante mencionar que a Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal, investiga um esquema que potencialmente afetou R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas desde 2019. Até o momento, a Justiça já bloqueou R$ 2,8 bilhões em bens de envolvidos nas fraudes, demonstrando a seriedade das investigações.

O que você acha dessas mudanças propostas? Você ou alguém que você conhece foi afetado por esses descontos? Compartilhe sua experiência nos comentários e ajude a espalhar essa informação importante!

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