Brasil registra queda de 65,8% no número de áreas queimadas no país

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O Brasil registrou uma queda de 65,8% no número de áreas queimadas de janeiro a junho de 2025. Durante o primeiro semestre, as queimadas consumiram cerca de 1 milhão de hectares, o equivalente a um terço do que foi atingido pelo fogo no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima nesta quarta-feira (2). As informações são da Agência Brasil. 

O estudo é do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Conforme os dados, o Pantanal foi o bioma com maior redução registrada: 97,8% o território afetado. Em 2024, foram 607,9 mil hectares queimados e, neste ano, 13,4 mil hectares.

Na Amazônia, a redução foi de 75,4%. Mata Atlântica e Cerrado também tiveram menos áreas alcançadas pelo fogo, com reduções de 69,7% e 47%, respectivamente. No Pampa e na Caatinga, no entanto, houve aumento das queimadas, respectivamente de 38,2% e 10,2% na comparação com o mesmo período de 2024.

A detecção de focos de calor pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirma a diminuição. De janeiro a junho deste ano, foram detectados 19.277 pontos no território brasileiro, enquanto, em 2024, foram 35.938. No Sistema BDQueimadas, os dados apontam uma redução de 46,4% no número de focos de calor registrados nos anos em questão. 

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, as alterações climáticas têm efeito intensificador das condições que favorecem os incêndios, por isso, as ações de enfrentamento foram intensificadas.

“Prevenir e combater os incêndios é prioridade absoluta do governo do presidente Lula, que no último ano trabalhou incansavelmente junto a estados, municípios, academia, setor privado e sociedade civil para implementar um modelo de governança do fogo à altura do desafio imposto pelo aquecimento global”, diz a pasta.

O governo federal destaca a destinação de R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar os Corpos de Bombeiros na Amazônia Legal e a criação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que fortalece a articulação entre os governos, organizações sociais e setor privado.

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