Brics: Lula prega mudanças na OMC e no FMI e pede justiça tributária

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Rio de Janeiro — Durante um discurso marcante na cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a necessidade urgente de reformar o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial de Comércio (OMC). Em sua fala, ele criticou a ascensão dos bilionários em um contexto de crescente injustiça tributária e enfatizou a importância de novas soluções de pagamento que desafiem o protecionismo global.

Na abertura da sessão plenária dedicada ao multilateralismo, aos temas econômico-financeiros e à inteligência artificial, Lula ressaltou: “Enquanto o unilateralismo cria barreiras ao comércio, o nosso bloco trabalha por sistemas de pagamento transfronteiriços mais rápidos, baratos e seguros.” Esse compromisso com a inovação se opõe diretamente às práticas protecionistas que dominam certas nações.

O presidente também defendeu reformas no sistema de cotas do FMI e reafirmou a necessidade de uma OMC reformada, destacando que a paralisia e a intensificação do protecionismo criam uma assimetria insustentável para os países em desenvolvimento. Ele declarou: “Não será possível restabelecer a confiança na OMC sem promover um equilíbrio justo de obrigações e direitos que reflita adequadamente o interesse de todos os seus membros.”

Em uma crítica contundente ao modelo neoliberal, Lula argumentou que esse sistema tem alimentado desigualdades profundas. Ele citou que, desde 2015, três mil bilionários acumularam US$ 6,5 trilhões. “Justiça tributária e combate à evasão fiscal são fundamentais para consolidar estratégias de crescimento inclusivas e sustentáveis, próprias para o século 21”, enfatizou.

Brics Rio

Neste primeiro dia de cúpula, uma declaração conjunta dos países do Brics foi aprovada, criticando o Conselho de Segurança da ONU e os conflitos em andamento. O documento condena a ofensiva militar contra o Irã, sem mencionar diretamente a atuação dos Estados Unidos e de Israel.

Em relação à Faixa de Gaza, o bloco defendeu a solução de dois Estados, reconhecendo Israel e a Palestina, enquanto critica os novos ataques israelenses e a obstrução da ajuda humanitária. A declaração também expressou preocupação com o aumento indiscriminado de tarifas no comércio global, embora não tenha citado diretamente as políticas tarifárias de Donald Trump.

Esse momento histórico na cúpula do Brics suscita reflexões sobre o futuro das relações internacionais e o papel dos países em desenvolvimento. O que você pensa sobre as propostas de Lula? Deixe sua opinião nos comentários!

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