O governo brasileiro se prepara para uma resposta firme às tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos. Até terça-feira, 15 de julho, será publicado um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, permitindo que o Brasil adote medidas retaliatórias contra a sobretaxa de 50% aplicada a produtos brasileiros. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin durante um evento em São Paulo.
Apesar dessa preparação, a prioridade do governo é reverter a decisão antes que ela entre em vigor, marcada para 1º de agosto. Alckmin destacou que a tarifa é inadequada e não possui justificativas, enfatizando os laços de amizade de 200 anos entre Brasil e EUA. A tensão aumentou após uma carta de Donald Trump, onde o ex-presidente americano se queixou da relação comercial como “injusta” e “não recíproca”, enquanto os dados mostram que os EUA têm um superávit comercial com o Brasil há 17 anos.
Lula, em resposta, convocou uma reunião para discutir a atuação brasileira. Ele reforça que o Brasil, sendo um país grande e soberano, não aceitará ser tratado de forma desigual. O presidente usou suas redes sociais para reafirmar que o país exige respeito em suas relações internacionais.
Por sua vez, Lula busca uma solução diplomática e anunciou que, caso não haja acordo até a data limite, a Lei da Reciprocidade será ativada. Ele também planeja consultar a Organização Mundial do Comércio e outros países sobre a situação. Essa legislação, aprovada e sancionada pelo governo, permite ao Brasil aplicar sobretaxas, suspender acordos comerciais e, em casos excepcionais, desconsiderar direitos de propriedade intelectual.
A carta de Trump sugere que as tarifas podem ser revistas se o Brasil abrir seus mercados, mas alerta que qualquer retaliação será respondida com novas taxas. O governo brasileiro, no entanto, mantém sua posição: não aceitará intromissões, defendendo que as decisões de Trump devem ser baseadas em verdades reais.
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