Agronegócio teme perda de safras e apoia negociação do governo com EUA

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Em meio a tensões comerciais, o agronegócio brasileiro está em alerta. Representantes dos setores de frutas, carne e café se reuniram com ministros do governo federal para discutir a impactante decisão dos Estados Unidos de impor uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. Esse encontro, realizado em Brasília, demonstrou a preocupação com as consequências que essa medida poderá trazer, especialmente com a possibilidade de perdas significativas a partir de 1º de agosto.

Os ministros Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, lideraram a discussão com vinho a participação de diversas representações do setor agropecuário. O presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Perosa, enfatizou que essa nova taxa tornaria inviável a exportação de carne bovina para os EUA. Com frigoríficos já suspendendo a produção, cerca de 30 mil toneladas de carne aguardam embarque. Ele ressaltou a urgência de uma prorrogação da taxação, destacando que já existe uma carga tributária de aproximadamente 36% sobre o setor.

Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), expressou a apreensão entre os produtores de manga, que já haviam planejado a safra e organizado 2,5 mil contêineres para as exportações. Ele apelou para que os alimentos sejam excluídos desse tarifaço, ressaltando a falta de alternativas logísticas e o colapso do mercado interno que resultaria.

No setor laranja, a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) também levantou preocupações. O presidente Ibiapaba Netto revelou que 70% do suco de laranja consumido nos EUA é brasileiro, reforçando a necessidade urgente de diálogo e negociação com as autoridades. “Ainda há tempo para resolver isso”, afirmou Netto, transmitindo confiança na capacidade do governo de reverter a situação.

O pessimista cenário preocupa também os produtores de café, com Marcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), destacando que 33% do consumo de café nos EUA provém do Brasil. Ele enfatizou a qualidade única do café brasileiro e a importância da abertura de novos mercados. Ferreira agradeceu o suporte do governo, acreditando que uma solução benéfica para todas as partes pode ser alcançada.

A situação é crítica, mas a esperança de uma resolução favorável ainda persiste. O agronegócio espera um consenso que evite prejuízos profundos e mantenha a competitividade no mercado internacional. O que você acha que pode ser feito para ajudar nosso agronegócio neste momento? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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