Família acusa HRC de negligência após morte de bebê em parto induzido

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Uma tragédia abalou a família de Maria Eduarda Batista, de 25 anos, após um parto induzido no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O recém-nascido, que nasceu em parada cardiorrespiratória, não sobreviveu, e a família alega negligência da equipe médica. Eles responsabilizam o hospital por insistir em um parto normal, mesmo com sinais de sofrimento fetal, e por atrasar a realização de uma cesariana.

Maria Eduarda iniciou a indução do parto na tarde de terça-feira (22) e começou a sentir contrações intensas na manhã seguinte. “Passei a quarta-feira inteira sentindo muita dor, pedia cesariana, mas diziam que estava tudo nos conformes”, desabafou. Em meio a esse sofrimento, chegou a desmaiar, e mesmo alertas sobre seu estado foram ignorados pela equipe médica.

“Passei a quarta-feira inteira sentindo muita dor, sem conseguir comer. Pedia cesariana o tempo todo, mas diziam que parto normal era assim mesmo, demorado, e que tudo estava nos conformes”, contou Maria Eduarda.

Após mais de 24 horas de trabalho de parto, o bebê nasceu sem vida. As manobras de reanimação tiveram sucesso por breves momentos, mas, após duas horas, o bebê não resistiu. A família, desesperada, tentou transferi-la para um hospital particular devido à falta de progresso, mas a equipe do HRC alegou que o trabalho de parto já estava em curso.

A necropsia revelou que a causa da morte foi asfixia por um parto vaginal prolongado, uma complicação perigosa que impediu a saída do recém-nascido. Em um momento de imensa dor, Maria Eduarda se viu em um quarto compartilhado com outras mães e seus bebês, horas após a perda do filho.

A família registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal, alegando negligência. Em resposta, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que todos os protocolos foram seguidos, sem indicações formais para a cesariana. Contudo, prometeram investigar as circunstâncias em torno da morte.

Neste momento difícil, a história de Maria Eduarda levanta questões importantes sobre a assistência à saúde materna e neonatal. Que lições podem ser tiradas dessa tragédia e como podemos garantir que situações como essa não se repitam? Compartilhe suas reflexões e apoiem essa busca por justiça nos comentários.

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