Na última terça-feira, um depoimento à Polícia Federal revelou detalhes intrigantes sobre os bastidores de uma defesa que envolve figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo Kuntz, advogado do militar Marcelo Câmara, contou que, imediatamente após a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente, recebeu uma ligação de Fabio Wajngarten, também advogado e assessor de Bolsonaro. Wajngarten informou que Cid manifestou o desejo de mudar sua defesa no inquérito que investiga a suspeita de uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
Durante o encontro ocorrido na sede da Polícia Federal, Kuntz ouviu de Cid uma frase marcante: “Essa pica é minha”. Cid explicou seu desejo de que Kuntz assumisse a defesa de um outro militar, o capitão Sergio Cordeiro, que, assim como ele, também estava sob custódia.
Kuntz relatou à PF que, em sua conversa com Cid e Wajngarten, este último parecia compenetrado na missão de organizar as defesas. As trocas de mensagens entre Kuntz e Cid, realizadas pelo Instagram através de uma conta vinculada à esposa de Cid, levantaram suspeitas. Isso motivou o advogado a reivindicar a nulidade da delação de Mauro, que nega ter trocado mensagens sobre o tema.
O depoimento de Kuntz durou cerca de cinco horas, e sua posição como investigado no inquérito da PF sugere uma complexidade maior nos eventos que cercam a tentativa de obstrução à justiça. A situação se torna ainda mais densa à medida que mais detalhes emergem sobre a trama golpista que coloca em xeque a integridade da ordem democrática.
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