A polarização social é uma realidade que poucos parecem perceber em sua profundidade. Recentemente, o deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, trouxe à tona um debate ao afirmar que a polarização política já cansa, mas agora tentam introduzir a polarização social. No entanto, essa divisão não é nova; sua origem remonta ao século XVI, quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram ao Brasil e rapidamente marginalizaram os indígenas.
À medida que a história avança, a escravidão dos negros se tornou um marco que acentuou ainda mais essa polarização. O Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão, o que ocorreu apenas em 13 de maio de 1888. Embora essa data simbolize a liberdade para muitos, a abolição ocorreu sem políticas de inclusão efetivas, deixando os ex-escravizados à deriva em uma sociedade desigual.
Até hoje, essa desigualdade persiste. Desde a independência, estamos todos no mesmo barco, mas a realidade é que muitos ainda ocupam as classes sociais inferiorizadas, enquanto poucos se encontram no topo. É difícil acreditar que o presidente da Câmara não tenha consciência dessa disparidade.
O Congresso claramente tem suas preferências, e estas não favorecem os brasileiros mais necessitados. Não é o governo federal que quer um embate com o Congresso; na verdade, é este último que parece pronto para a batalha. Apesar de Lula afirmar que um presidente não pode romper com o Congresso, a realidade mostra que há uma resistência significativa à sua governança.
Lula, ao buscar validação no Supremo Tribunal Federal sobre a derrubada do decreto que reajusta o IOF, demonstra a tensão existente. Respeitar a decisão do Supremo é uma certeza, mas a mesma atitude do Congresso é incerta. Uma derrota para este último poderia desencadear um verdadeiro caos político.
Isso traz à mente uma declaração memorável de Dilma Rousseff: “quem ganhar ou perder, vai todo mundo perder.” O Brasil tem muito a perder se o Congresso continuar a obstruir as ações do governo. Isso poderá radicalizar ainda mais a disputa entre ricos e pobres, elevando a polarização social a um novo patamar.
E você, como vê essa situação? O que pensa sobre a polarização social no Brasil? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião!
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