A Rota de São Paulo matou mais um. Desta vez um policial civil durante trabalho de investigação

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Na sexta-feira, 11 de julho, a violência no coração de São Paulo tirou a vida do investigador da Polícia Civil, Rafael Moura da Silva, em um trágico incidente envolvendo um sargento da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O episódio não é apenas uma tragédia isolada, mas um reflexo alarmante das falhas estruturais na política de segurança pública do estado, conforme denunciado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp).

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Investigador foi morto à tiros durante operação policial

A morte de Silva expõe a vulnerabilidade dos próprios agentes de segurança, que, em plena missão, foram alvo de disparos de colegas da PM que realizavam outra operação na mesma área. Este atentado à vida de um servidor público revela a urgência de um debate mais profundo sobre a articulação entre as forças policiais, algo que, segundo a vice-presidente do Sindpesp, Márcia Gomes Shertzman, precisa ser enfrentado com responsabilidade.

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A vice-presidente do Sindpesp, delegada Márcia Gomes Shertzman

Márcia critica a rivalidade instaurada entre as instituições, que, em vez de garantir a cooperação, tem fomentado conflitos. A falta de protocolos operacionais unificados e o desprezo pela valorização dos policiais civis criam um ambiente propício a falhas fatais, culminando em perdas irreparáveis como a que ocorreu com Rafael.

O Sindicato defende que a segurança pública deva ser encarada como uma política de Estado, e não como um instrumento de poder. É fundamental que o governo estadual tome ações concretas para evitar que tragédias como essa se repitam. Eles demandam respeito, dignidade e condições adequadas para o trabalho dos policiais civis, para que possam exercer suas funções com segurança e autonomia.

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Imagens do momento em que o policial é atingido por disparos de arma de fogo

No manifesto de repúdio, o Sindpesp expressa sua solidariedade aos familiares e amigos dos envolvidos, afirmando que Rafael tombou bravamente no cumprimento de seu dever. Sua dedicação em defender a sociedade deve ser lembrada como um exemplo de coragem e compromisso. O corpo do policial civil foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Taboão da Serra, na quarta-feira, 16 de julho. Este triste episódio nos lembra da necessidade urgente de um sistema de segurança eficaz e integrado para proteger não apenas os cidadãos, mas também aqueles que arriscam suas vidas em defesa da ordem.

O que você pensa sobre a situação da segurança pública em nosso estado? Compartilhe sua opinião nos comentários ou reflita sobre como ações concretas podem mudar essa realidade.

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