A 1ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia (GO) proferiu uma sentença marcante ao condenar a advogada Silvana Ferreira da Silva a 7 anos e 4 meses de prisão, em regime semiaberto. As acusações? Injúria racial qualificada, calúnia e difamação dirigidas ao promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior. Além da pena, a advogada terá que pagar R$ 30 mil em indenização, mas terá a possibilidade de recorrer em liberdade.
A controvérsia começou em setembro de 2021, quando Silvana, em um podcast no YouTube, alegou que o promotor havia cometido assédio sexual durante uma audiência. Embora não tenha citado o nome de Milton, ela se referiu a ele de forma sugestiva, utilizando a expressão “meio moreninho”. Essa revelação levantou um turbilhão de reações e repercussões.
Promotor Milton Marcolino foi acusado de assédio pela advogada Silvana Ferreira
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No podcast, Silvana compartilhou suas vivências, descrevendo um episódio em que o promotor teria agido de maneira inadequada, insinuando que ela lhe desse seu número de telefone durante um julgamento. “O promotor ficou meio roxo, virou uma perseguição”, afirmou. Ao final, as acusações foram retiradas por Milton devido à falta de provas.
O Ministério Público de Goiás argumentou que, apesar de não citar nomes, suas declarações impactaram diretamente o promotor, dada sua notoriedade na comarca. Milton Marcolino era o único promotor que atuava na área de crimes contra a vida na região, o que tornava a identificação evidente.
Milton Marcolino, promotor de Aparecida de Goiânia, processou a advogada Silvana Ferreira por injúria racial
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Após a condenação, Silvana expressou seu descontentamento nas redes sociais, afirmando que a decisão não a surpreendeu e que espera um julgamento imparcial em seu recurso. “Recebi a sentença com alívio; agora acredito que o devido processo legal será respeitado”, declarou, ressaltando que se sente confiante na justiça. Ela também criticou a dosimetria da pena, argumentando que esta foi excessiva e que não esperava uma absolvição.
Advogada Silvana Ferreira vai recorrer da sentença de 7 anos de prisão em regime semiaberto
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A decisão do tribunal não apenas firmou uma posição sobre questões de conduta na advocacia, mas também levantou discussões sobre a liberdade de expressão e suas implicações legais. O que você pensa sobre esse caso? Compartilhe sua opinião e participe do debate!
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